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Safra revisa Mercado Livre (MELI34), Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3); veja o que esperar

16 out 2024, 13:49 - atualizado em 16 out 2024, 13:49
mercado livre
Mercado Livre registrou crescimento de margens líquidas (+330bps a/a no 2T24), além de redução significativa de sua dívida líquida. (Imagem: Reuters/Divulgação Mercado Livre)

O Banco Safra apresentou novos preços-alvo e estimativas para Mercado Livre (MELI34), Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) ao final de 2025, considerando resultados recentes e premissas macroeconômicas atualizadas, incluindo o aumento da Selic.

O Mercado Livre segue a principal escolha do banco no setor de e-commerce, com recomendação de compra e preço-alvo atualizado de R$ 2.603 por ação, ante R$ 2.130. “Continuamos otimistas sobre os impulsionadores do crescimento da MELI e seu impacto positivo nas margens nos próximos trimestres”, disse.

Para o analista da instituição, Vitor Pini, a empresa se destaca por sua combinação de crescimento acelerado, eficiência e geração de caixa sólida, fatores que a tornam a líder no setor, com investimentos robustos em tecnologia e infraestrutura.

O Mercado Livre registrou crescimento de margens líquidas (+330bps a/a no 2T24), além de redução significativa de sua dívida líquida de US$ 1,2 bilhão no 2T23 para o 2T24. O valuation do Mercado Livre (EV/Ebitda 2025 de 23,1x) também representa um desconto em relação à média histórica de 27x, disse o analista.

“No entanto, é importante ter em mente que alguma volatilidade da margem de Ebit pode ocorrer em alguns trimestres com a abertura de novos centros de atendimento, o que é fundamental para sustentar o excelente ritmo de crescimento da empresa (mais de 30% na base anual últimos 12 meses)”, escreveu Pini.

Magazine Luiza e Casas Bahia

O Safra manteve a recomendação de compra para o Magazine Luiza, porém ajustou o preço-alvo para R$ 14,4/ação, ante R$ 18,5. Esse ajuste, segundo o banco, reflete o ambiente macroeconômico mais rigoroso, que impacta a demanda de itens de maior ticket médio, como eletrônicos e eletrodomésticos, os quais dependem do crédito ao consumidor.

O analista da instituição pondera que o Magazine Luiza mantém uma geração de caixa sólida, apresentando um fluxo de caixa operacional de R$ 726 milhões nos últimos 12 meses, mesmo em um cenário de altas taxas de juros. MGLU negocia a um EV/Ebitda 2025 de 3,6x, bem abaixo de sua média histórica de 12x, disse o Safra.

A Casas Bahia teve a recomendação neutra reiterada, com o preço-alvo reduzido para R$ 5,0/ação, em comparação aos R$ 7,0. Para o Safra, as dificuldades macroeconômicas e a dependência de produtos de maior valor agregado tornaram as projeções para a empresa mais conservadoras.

Embora a Casas Bahia tenha enfrentado desafios na geração de caixa, com um ROIC de 1% – consideravelmente abaixo dos 6% da MGLU e dos 68% da MELI – a empresa, segundo o Safra, continua operando com um valuation de EV/Ebitda de 5x para 2025, alinhado à média histórica de dois anos.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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