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Safra inicia cobertura no setor de educação; confira quais são as empresas recomendadas

28 maio 2024, 14:29 - atualizado em 28 maio 2024, 14:29
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Safra inicia cobertura no setor de educação; confira quais são as empresas recomendadas (Imagem: Joehawkins/ WikiMedia)

O Banco Safra iniciou a cobertura de empresas no setor de educação. De acordo com documento enviado ao mercado nesta terça (28), o setor oferece algumas oportunidades atraentes, dada a baixa penetração do ensino superior no país.

No entanto, segundo Ricardo Boiati, analista do banco, a mudança para o ensino à distância (EAD) e a consequente dinâmica competitiva e operacional diferente, aumentam a relevância da qualidade e da execução

“Assim, acreditamos que o principal atributo do setor é o valor atualmente, o que parece ser um fator comum à maioria das ações, mas um aspecto secundário importante, é a identificação correta das ações que podem proporcionar crescimento sustentável (lucros e fluxo de caixa) no longo prazo”, afirma.

Com isso, a principal escolha do Safra é a Yduqs (YDUQ3), devido à sua execução, crescente penetração em EAD, balanço patrimonial e boa liquidez no mercado secundário.

Em seguida, o banco destaca a recomendação de compra para as ações da Ânima (ANIM3), refletindo suas métricas de alta qualidade e avaliação barata. Para Cogna (COGN3), contudo, a recomendação é neutra, por conta do valuation pouco atraente.

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Confira a visão do Safra ao setor de educação

De acordo com Boiati, os “vencedores” deverão ser aqueles que estiverem bem posicionados no EAD e na medicina com maior qualidade percebida.

“Vemos um grande potencial para o aumento da penetração do ensino superior para impulsionar o crescimento nos próximos anos, mas esse crescimento provavelmente se concentrará no ensino à distância devido à maior conveniência e acessibilidade dessa modalidade”, destacou.

Considerando os cursos presenciais, o Safra vê um potencial maior em para o curso de medicina. Isso porque as condições favoráveis de oferta e demanda resultam em grandes taxas de crescimento e retornos muito acima da média.

Além disso, segundo o analista, as escolas de ensino de melhor qualidade se beneficiarão de resultados mais sustentáveis ao longo prazo, especialmente em vista das mudanças regulatórias propostas em EAD.

“A EAD traz ganhos significativos de escala, com menos requisitos de investimento de capital e menor custo total de vendas/aluno”, destacou.

Por fim, Boiati ressaltou que a baixa penetração é uma oportunidade. De acordo com ele, esta taxa tem aumentado gradualmente em 95bps por ano desde 2011, no Brasil.

“Mas há claramente um grande potencial para fechar a lacuna em relação aos países pares, especialmente considerando que a contribuição do ensino superior para a renda no Brasil (117%) está bem acima da de seus pares (média da OCDE de 37%)”, afirmou.

Com isso, a acessibilidade econômica e a baixa qualidade das escolas de ensino médio são desafios para aumentar a penetração do ensino superior no Brasil, o que torna o DL ainda mais atraente.