Comprar ou vender?

Safra inicia cobertura de CBA (CBAV3), mas cautela dita o tom; entenda

02 jul 2024, 14:54 - atualizado em 02 jul 2024, 14:54
cba safra recomendação neutra
Recomendação para ações da CBA é “neutra”, com perspectiva positiva para o alumínio (Imagem: CBA/Divulgação)

O banco Safra iniciou a cobertura da Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) nesta terça-feira (02), fornecendo uma classificação “neutra” para os papéis e indicando potencial alta de aproximadamente 17%, com preço-alvo de 12 meses de R$ 8,10 por ação.

Presente em sete Estados brasileiros, a CBA produz alumínio desde 1955, desenvolvendo também serviços para os mercados de embalagens e de transportes.

A recomendação neutra, ao invés de “venda”, é baseada em fatores de valuation e em uma perspectiva positiva para os preços do alumínio nos próximos anos.

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Ricardo Monegaglia, analista que assina o relatório, afirma que a proposta de risco-retorno piorou após a alta de 91% no preço das ações desde meados de fevereiro. Para o curto prazo, o Safra não acredita que os preços do alumínio, intimamente ligados ao desempenho da empresa, irão aumentar muito.

O Safra espera uma redução de 12% em na estimativa de Ebitda para 2025 se os preços do alumínio permanecerem nos níveis atuais. Além disso, gosta da história de desalavancagem, mas não do possível atraso devido ao Capex (Despesas de Capital) de crescimento e modernização na casa dos bilhões.

Safra tem visão positiva para o alumínio, mas efeito de substituição pelo cobre ainda está no radar

A empresa registrou queda de 12% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2024 (1T24) ante mesmo período no ano passado, chegando a R$ 1,7 bilhão. Para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado, de R$ 146 milhões, houve aumento de 74% em comparação com o mesmo período do ano anterior (1T23).

Para o alumínio, a expectativa do banco é de que os preços fiquem estáveis em US$ 2.500 por tonelada no segundo semestre do ano, com o aumento da oferta sendo compensado pelo crescimento da demanda. Entretanto, para 2025, a expectativa é de aumento de 6% no preço médio, com a expectativa de um déficit maior nos mercados de alumínio primário.

“Nossa única preocupação com relação aos preços do alumínio é o cobre, devido a um efeito de substituição” afirma o Safra, reiterando que durante alguns momentos houve substituição do cobre pelo alumínio e que a preocupação é se os preços do alumínio poderiam encontrar espaço para crescer mais.

Estagiária
Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (ECA-USP). Apaixonada pela escrita e pelo audiovisual, ingressou no Money Times em 2023.
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