Safra estima valorização de até 80% nas ações do setor de Saúde; veja os destaques
O Banco Safra elencou nove das principais empresas do setor de saúde para avaliar, mas destacou a SulAmérica (SULA11), a Rede D’Or (RDOR3) e o Fleury (FLRY3) como as suas favoritas no momento.
A SulAmérica teve um preço-alvo calculado a R$ 40, ante o atual valor de referência de R$ 26,05, uma valorização de 54%. Segundo o banco essa perspectiva foi impulsionada pelos lucros de uma sólida execução operacional e um vento a favor do aumento das taxas de juros.
A Rede D’Or vem na sequência, com “uma ação em crescimento com execução premium”. O preço-alvo da ação foi estimado em R$ 72, ante os atuais R$ 48,64, uma alta de 48%.
Já o Fleury deve ter um crescimento de 34% no próximo ano, a R$ 24 ante os atuais R$ 17,93, e é favorito devido a sua precificação, considerada barata, segundo o banco.
Apesar da classificação de preferência do relatório do Safra, a ação com maior potencial de valorização é a da Dasa (DASA3), com preço-alvo de R$ 62, ante os atuais R$ 34, alta de 82% no ano.
O potencial de crescimento é embasado nos “benefícios da integração e das sinergias com hospitais recém-adquiridos, o que faz com que o estoque pareça muito barato”.
Percepções do setor
Dentre os pontos em comuns levantados pelas empresas do setor, o relatório destacou o crescimento impulsionado por fusões e aquisições, que ainda é uma estratégia fundamental da maioria, e várias empresas “sinalizaram que novas aquisições devem ser esperadas nos próximos meses”.
Além disso, a inflação foi um problema enfrentado por todos no último ano. Mas o Safra afirmou que os participantes “foram praticamente unânimes em afirmar que as pressões de custos se estabilizaram e que não esperam uma piora contínua de materiais e medicamentos nos próximos meses”.
Outra questão que impacta a inflação de custo é o projeto de lei que define um salário mínimo para a classe dos enfermeiros. O texto já foi aprovado no Senado no último dia 24, e segue para a Câmara dos Deputados. Se aprovado, o PL 2564 estabelecerá um salário mínimo nacional para enfermeiros e técnicos de enfermagem de R $ 4.750 e R $ 3.325, respectivamente.
O relatório mostrou que os cálculos preliminares mencionados apontam para um impacto anual de R$ 15 bilhões nos custos do setor. “Um argumento interessante é que a medida seria extremamente onerosa para o setor público, o que levaria inevitavelmente a uma piora no nível de serviço.”
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