Safra: Entre americanos, Petrobras (PETR4) é o centro das atenções

A Petrobras (PETR4) não é só a queridinha do mercado aqui no Brasil. Lá fora, a petroleira também domina as conversas entre investidores. Pelo menos essa foi a impressão de analistas do Safra, que visitaram clientes nos Estados Unidos para sentir a temperatura em relação ao setor de petróleo e gás.
Em relatório, Conrado Vegner diz que a estatal foi o nome que atraiu mais interesse e parece ser a ação mais amplamente acompanhada dentro da cobertura. O analista diz que os motivos são os mesmos que atraem o brasileiro: ação barata e dividendos.
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“A maioria parece concordar com nossa visão de que a governança melhorou, e os desenvolvimentos recentes parecem corroborar isso: não houve grande mudança nos planos de capex (investimentos) após a mudança na gestão, e o último aumento no preço do diesel ocorreu em um momento em que as preocupações com a inflação estavam no topo da agenda política”.
Segundo Vegner, há uma visão geral que a geração de caixa da Petrobras deve permanecer atraente. Apesar disso, o fato da empresa ser uma estatal ainda preocupa, além de receios sobre a possibilidade de aumento da tributação sobre a empresa.
Além da Petrobras
Também houve algumas discussões sobre a PRIO (PRIO3). “Embora os investidores reconheçam o histórico positivo da empresa, eles se sentem desconfortáveis com o atraso contínuo no licenciamento do Wahoo”.
Já Brava (BRAV3) atraiu menos interesse, pois é vista principalmente como uma opção de maior risco, apesar de ser o produtor independente mais barato.
“Não tivemos muitas discussões sobre o segmento de distribuição de combustíveis, mas alguns investidores perguntaram sobre nossa preferência relativa pela Vibra (VBBR3) em relação à Ultrapar (UGPA3) e fizeram perguntas sobre a aquisição da Hidrovias (HBSA3; não avaliada) pela última”
Em relação à Raízen (RAIZ4), os investidores questionaram se avaliação atual ainda não reflete o cenário desafiador enfrentado pela empresa, enquanto outros perguntaram o mesmo sobre a Cosan (CSAN3).
“No entanto, temos a impressão de que eles mantêm uma abordagem cautelosa em relação a essas empresas”.
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Ambas as companhias atravessam momentos mais complicados, com a ação da Raízen tocando nas mínimas em meio ao alto envidamento e disparada dos juros.
“Finalmente, o interesse na Braskem (BRKM5) foi pequeno, pois o ciclo de baixa petroquímica prolongado parece impedir que as ações recebam maior atenção neste momento.”