Safra eleva preço-alvo da Raia Drogasil, apesar de pressão de curto prazo

O Safra elevou o preço-alvo da ação da Raia Drogasil (RADL3) de R$ 25 para R$ 27 após realizar uma reunião com o vice-presidente da companhia, Eugenio de Zagottis. De acordo com a instituição, a conversa serviu para assegurar o que os analistas já sabiam: a empresa é uma das melhores entre as redes de farmácias brasileiras.

Guilherme Assis e Felipe Reboredo, autores do relatório divulgado pelo banco ontem, destacaram que a companhia tem excelentes operações e um sólido histórico que asseguram o sucesso do seu plano de expansão (240 novas lojas em 2021 e 2022), mesmo em um cenário de maior competição.

“Esperamos que o marketplace e as iniciativas de serviços digitais de saúde assegurem o contínuo crescimento da Raia Drogasil”, defenderam os analistas.

A administração da Raia Drogasil está focada em transformar a empresa em um hub de saúde omnichannel. Além de ampliar o portfólio de serviços, a companhia está trabalhando para entregar um marketplace com novas categorias focadas em qualidade de vida e bem-estar e uma plataforma que oferece serviços médicos. O objetivo, contou Zagottis ao Safra, é acelerar a frequência e recorrência dos clientes.

Um dos últimos investimentos realizados pela Raia Drogasil foi a aquisição de 50,75% de participação acionária do capital social da startup de tecnologia Healthbit. Por meio do desenvolvimento de tecnologias, a empresa oferece soluções para redução da sinistralidade em saúde nas grandes empresas e promoção da saúde e prevenção de doenças para os seus funcionários.

A Healthbit é a terceira startup adquirida dentro do programa de investimento RD Ventures, que investe em startups que contribuem com a estratégia de crescimento e aceleração da jornada de digitalização em saúde da Raia Drogasil.

Recomendação neutra

Apesar do aumento do preço-alvo, o Safra decidiu manter a recomendação neutra da Raia Drogasil. A empresa é um bom ativo pensando no longo prazo, mas enfrenta agora pressões por falta de visibilidade em relação às novas iniciativas.

Segundo os analistas, as mudanças transformacionais da companhia estão em fase inicial, e não é possível mensurar o potencial valor criado por elas.