Safra confia que Engie retomará projeto suspenso pela Justiça no Paraná e mantém recomendação
A Engie Brasil (EGIE3) deve sair vencedora do processo que suspendeu as obras das linhas de transmissão do Gralha Azul, disse o Safra.
A companhia informou ontem, em nota divulgada ao mercado, que recebeu da Justiça uma notificação para interromper as atividades nos circuitos 1 e 2 do sistema localizado no Paraná. A ação foi arquivada por organizações não governamentais que alegam irregularidades no licenciamento ambiental da construção.
A Engie ainda mencionou que recebeu outra citação que também questiona o licenciamento ambiental do sistema e pede pela suspensão total das linhas de transmissão.
Segundo a equipe de analistas do Safra, a empresa tem a seu favor o histórico de boa qualidade nas entregas dos projetos, sendo muitos deles voltados para o segmento de energias renováveis.
“Na nossa visão, a Engie seria capaz de construir uma forte defesa legal e retomar à construção do Gralha Azul”, afirmou Daniel Travitzky, autor do relatório divulgado pelo banco nesta quinta-feira (22).
Rebatendo as acusações, a Engie disse que tem feito todos os esforços possíveis para mitigar os impactos ambientais. A empresa reforçou que sua licença foi aprovada por diversos órgãos governamentais, como a Fundação Nacional do Índio (Funai), a Fundação Cultural Palmares e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), além das prefeituras municipais.
A empresa vai recorrer judicialmente para suspender a liminar e dar continuidade às obras.
O Safra manteve a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para a ação da Engie, com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$ 50,20.
“A Engie é uma das maiores operadoras de energia elétrica no Brasil, e recentemente entrou no mercado de gasodutos, colocando-a em uma boa posição para aproveitar as oportunidades de crescimento de longo prazo”, resumiu Travitzky.