Safra: Após alta de 45% da ação do Pão de Açúcar (PCAR3), é hora de realizar lucro
O Banco Safra rebaixou a recomendação para o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) de compra para ‘neutra’. O preço-alvo para 2023 foi mantido em R$ 23.
A nova recomendação ocorreu após o anúncio de reestruturação societária do Grupo Pão de Açúcar, que deverá resultar na segregação do GPA Brasil e do Grupo Éxito.
O banco destaca que parte de sua tese de investimento foi que a abordagem da soma das partes sugeria uma grande assimetria em relação ao valor de mercado do GPA.
Entretanto, desde o início da cobertura da ação, em 31 de julho, o papel teve alta de 45%, sendo negociado a um P/L (preço sobre lucro) ’24 de 11,3x, comparado a 9,8x de Assaí (ASAI3), principal escolha do Safra no setor.
“Acreditamos que agora é hora de obter lucros e estamos alterando nossa recomendação de compra para neutra, mantendo nosso preço-alvo para 2023 de R$ 23,00/ação, o que implica um P/L ’24 de 11x”, diz o banco.
Reestruturação societária
O Safra aponta que a segregação deverá se dar por meio da redução de capital do GPA com a distribuição de 83% das ações do Éxito, atualmente detidas pelo GPA aos seus acionistas por meio de BDRs e ADRs.
Com isso, acionistas do Grupo Pão de Açúcar receberão quatro ações da Éxito para cada ação do GPA.
Após a operação, o Safra espera que GPA permaneça com 13% de participação no Éxito, enquanto o Casino deve ter 34% e o novo free float do Éxito, que inclui o atual free float do GPA, que passaria a ter 53% de participação, dos atuais 3,5%.
Após o anúncio, os próximos passos esperados são:
- preparação da transação até 22 de dezembro: validação e aprovações dos credores, preparação da listagem de ADRs e BDRs;
- prazo de aprovação pelos Órgãos de Governança do GPA e Reguladores até o 1T23;
- conclusão da transação até o primeiro semestre de 2023.
O que considerar para investir no Grupo Pão de Açúcar
O Safra destaca que o cenário positivo de recuperação macroeconômica e juros baixos, valuation atrativo, crescimento da divisão do atacarejo, geração de retornos crescentes e potencial entrada de ativos maduros são aspectos positivos.
Em contrapartida, chama atenção para os principais riscos, que englobam:
- mercado multivarejo muito competitivo;
- desaceleração da economia global;
- interrupção da agenda de reformas no Brasil e aumento da taxa de juros;
- queda acentuada no preço de commodities e subsequente deflação de alimentos;
- competição irracional levando a uma erosão de margens e retornos menores;
- governança corporativa.
Disclaimer
O Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.
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