Sabesp vai reduzir exposição à dívida em moeda estrangeira e estuda parcerias em SP
A Sabesp (SBSP3) está empenhada em reduzir a exposição à dívida em moeda estrangeira e não pretende fazer novas emissões internacionais que não possam ser convertidas em moeda local, afirmou o diretor financeiro da companhia paulista de água e saneamento, nesta terça-feira.
“Recebemos uma determinação do conselho de administração de redução do endividamento em moeda estrangeira”, disse Osvaldo Garcia, em conferência com analistas e jornalistas sobre os resultados do quarto trimestre divulgados na semana passada.
“Estamos estudando mecanismos para fazer isso e aproveitarmos esta valorização do real”, disse o executivo.
Questionado sobre a participação da empresa em leilões de ativos de saneamento no país este ano, o presidente da Sabesp, Benedito Braga, afirmou que o foco da companhia está no Estado de São Paulo.
Porém, Braga comentou que a empresa tem recebido manifestações de municípios paulistas interessados em serem atendidos pela companhia.
“Estamos analisando algumas possibilidades (na legislação) que talvez permitam fazermos parcerias com as companhias municipais”, disse Braga, referindo-se à formação de sociedades de propósito específico (SPEs). Ele não deu detalhes sobre o número de cidades ou de quais regiões.
A projeção de investimento da Sabesp em 2022 é de 4,7 bilhões de reais e para 2023 a estimativa é de 4,6 bilhões, informou Braga.