Sabesp tem aval para reajuste tarifário de 3,40% e mantém privatização no radar
A Sabesp (SBSP3) obteve autorização para aplicar o reajuste tarifário anual e o ajuste compensatório, conforme a decisão da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP).
De acordo com as informações divulgadas nesta quarta-feira (15), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo efetuará o índice de reajuste de 3,4026%, distribuído da seguinte forma:
1) Reajuste tarifário anual de 2,4924% e
2) Ajuste compensatório de 0,8881%
“O ajuste compensatório de 0,8881% refere-se à compensação pela postergação do reajuste tarifário anual e não contempla a isenção de pagamento das categorias Residencial Social e Residencial Favela, o qual fará parte do processo da Terceira Revisão Tarifária Ordinária”, explica a estatal paulista.
A Deliberação com as novas tabelas tarifárias será publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo e passará a vigorar 30 dias a partir da sua publicação.
Quanto a privatização pode alavancar?
A privatização da Sabesp pode render uma bolada de até R$ 35 bilhões para os cofres públicos, segundo cálculos do UBS.
Desde a aprovação do marco regulatório do saneamento básico no Congresso Nacional, o banco suíço está de olho nas empresas do ramo, em especial, na Sabesp, cujo o governo Doria já se movimenta para concretizar a venda ao setor privado.
“Caso o governo paulista consiga avançar com a privatização, é provável que a Sabesp tenha de focar apenas nas 20 principais cidades do Estado, que já correspondem a três quartos da receita total da companhia”, pondera o banco.
O UBS revela que com a privatização, a ação da Sabesp poderá valer R$ 98, e o papel da Copasa (CSMG3), companhia de saneamento de Minas Gerais, poderia bater R$ 87, dada a grande possibilidade dos governos destes Estados conseguirem passar as empresas para a gestão privada.
O banco suíço mantém recomendação de compra tanto para ações da Sabesp como as da Copasa.