Comprar ou vender?

Sabesp (SBSP3) tem potencial de alta de 45% e deve se tornar boa pagadora de dividendos, vê Safra; ‘ o melhor ainda está por vir’

19 ago 2024, 16:27 - atualizado em 19 ago 2024, 16:27
sabesp
Safra retoma cobertura e atualiza estimativas para a Sabesp (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

O Safra retomou a cobertura e atualizou suas estimativas para a Sabesp (SBSP3), incorporando a conclusão do processo de privatização e os resultados da companhia no segundo trimestre de 2024 (2T24).

O banco avalia que “o melhor ainda está por vir” e elevou o preço-alvo de R$ 118,90 para R$ 142,60, um potencial de alta de 45% que justifica a recomendação de compra. As ações da companhia de saneamento fecharam em R$ 98,70 no pregão da última sexta-feira (16).

Os analistas do Safra pontuam que, com os preços atuais das ações, a Sabesp opera em uma taxa interna de retorno (TIR) real alavancado implícita de 11,9%, contra uma média de 9,7% de seus pares, com múltiplos menores que seus pares.

“Após a conclusão da privatização, esperamos que a Sabesp acelere seu processo de turnaround com maiores cortes de custos, melhoria da estrutura de capital e grande crescimento do RAB (base de ativos regulatórios), o que deve se traduzir em maior lucratividade”.

Para o Safra, os riscos para o novo quadro regulatório são menores e a Equatorial, investidor de referência da companhia, deve proporcionar uma contribuição positiva, tendo em vista que se trata de um operador de alta qualidade, com bom histórico em processos de turnaround.

“A empresa também deve se tornar um bom player de dividendos em alguns anos, como vemos grande geração de fluxo de caixa até 2026 (após a incorporação do capex nas tarifas)”.

Privatização da Sabesp

Em julho, a operação que privatizou a Sabesp movimentou um total de R$ 14,8 bilhões, incluindo os R$ 6,8 bilhões pagos pela acionista de referência

A empresa já operava por economia mista, sendo que o governo de São Paulo tinha mais de 50% das ações. Agora, trata-se oficialmente de uma ex-estatal.  Após a oferta, o Estado ficou com cerca de 18% do capital e a Equatorial com 15% das ações.

Os analistas do Safra destacam que a companhia está apoiada em uma melhor governança e regulação, que criou incentivos para universalização dos serviços, melhorou a cobertura dos custos operacionais e permitiu a inclusão de certas despesas não gerenciáveis nas tarifas, limitando potenciais interferências do regulador.

“Além disso, os novos estatutos incluem um longo período de bloqueio para o seu investidor de referência, bem como cláusulas de poison pill para evitar uma aquisição hostil e de não concorrência que devem permitir à empresa continuar a crescer no futuro”.

Entre os riscos envolvendo a empresa, o Safra pontua:

  • Ritmo do turnaround;
  • O cumprimento das metas de universalização, em vista dos investimentos significativos necessários, pois, caso contrário, a empresa estará sujeita a penalidades, como descontos tarifários e restrições à distribuição de dividendos;
  • Disputas políticas com prefeitos, devido às eleições que se aproximam, bem como aos litígios judiciais que contestam os termos da privatização.

Em relação ao último ponto, o Safra vê vejamos riscos limitados, uma vez que o novo contrato de concessão foi estabelecido com um grupo de municípios e todos os processos relacionados à privatização foram aprovados conforme a legislação vigente.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar