Sabesp (SBSP3): Os pontos defendidos pelo governo de SP para a privatização; veja guia
O Governo do Estado de São Paulo lançou um guia informativo neste mês a respeito da desestatização da Sabesp (SBSP3). O documento, também divulgado pela empresa de saneamento ao mercado nesta quarta-feira (6), traz um panorama geral dos desafios atuais da estatal e as potenciais vantagens que a privatização pode trazer ao modelo de negócio da companhia.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, com a chegada do Novo Marco Legal do Saneamento, a Sabesp precisa se reposicionar e estar pronta para competir no mercado, “sob pena de perder o valor de ativos importantes à sustentabilidade econômico-financeira do todo, com impacto na tarifa paga pelos usuários”.
O governo avalia que existe a necessidade de novos investimentos para atender municípios fora da área de concessão da Sabesp, a maioria em áreas rurais ou urbanas irregulares consolidados.
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O plano atual da Sabesp prevê, inicialmente, aportes de R$ 56 bilhões até 2033, mas para os municípios atendidos pela estatal. Com a privatização, os investimentos da empresa serão ampliados a R$ 66 bilhões, antecipando a universalização até 2029, diz o governo.
Pelas estimativas do governo, a desestatização da Sabesp deve levar saneamento a 10 milhões de pessoas até 2029, com inclusão de cerca de 1 milhão na área de cobertura.
Ainda, parte dos recursos da desestatização será utilizada para reduzir a tarifa sem comprometer com o caixa da Sabesp.
De acordo com o governo, a Sabesp sairá da desestatização “renovada”.
“Seu contratos atuais de prestação de serviço poderão ser prorrogados até 2060, proporcionando sustentabilidade econômico-financeira para a empresa. Com isso, ela poderá disputar com competitividade leilões de concessão pelo Brasil e em outros países, compartilhando o seu conhecimento técnico único e colaborando para evolução do saneamento em âmbito nacional”, defende.
Plano de privatização
O governo paulista quer vender parte das ações na Sabesp via oferta subsequente de ações (follow-on).
De acordo com o governo estadual de São Paulo, com o follow-on, está sendo desenhada uma estrutura de governança que “permitirá que acionistas cuja experiência ajudem a Sabesp a crescer possam acumular uma participação societária relevante”.
“A ideia é trazer investidores que queiram permanecer na empresa e contribuir com seu conhecimento na gestão do negócio”, acrescenta.