Sabesp (SBSP3): oferta para o investidor de varejo teve rateio de 18,73%; veja os detalhes
A privatização da Sabesp (SBSP3) finalmente saiu e conquistou o posto de maior oferta da história no setor de saneamento. O preço por ação saiu a R$ 67, em uma operação que movimentou um total de R$ 14,8 bilhões, incluindo os R$ 6,8 bilhões pagos pela acionista de referência, a Equatorial (EQTL3).
A forte demanda foi destaque no processo, atingindo quase R$ 190 bilhões, de acordo com informações da imprensa. Esses investidores foram atraídos pelo preço por ação bem abaixo das cotações em tela da Sabesp na última semana, em torno da casa dos R$ 80.
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Entre os investidores de varejo, a demanda também foi grande e houve rateio de 18,733199% tanto para quem fez os pedidos de reserva diretamente como para quem investiu via fundos de ações (FIA).
Assim, um investidor que reservou R$ 10 mil deve receber aproximadamente R$ 1.873 em ações da companhia.
Essa redução não se aplica aos empregados e aposentados pela Sabesp porque a oferta previa preferência na distribuição de ações nestes casos. Ou seja, as reservas dos funcionários foram atendidas integralmente.
Enquanto isso, na oferta dos investidores institucionais os bancos coordenadores determinaram a alocação. BTG Pactual (líder), Bank of America, Citigroup, UBS Brasil, Itaú BBA, Banco Bradesco BBI, Goldman Sachs, J.P. Morgan, Morgan Stanley, Banco Safra, Santander Brasil e XP Investimentos foram os responsáveis pela oferta da Sabesp.
Na bolsa, a ação da empresa de saneamento renovou as máximas históricas. Desde 21 de junho, quando foi definido o investidor de referência, a ação acumula alta de 10%. Mas a expectativa é que as cotações reajam em queda nesta sexta-feira, ajustando-se ao preço da oferta.
A Sabesp fechou a sessão de quinta-feira a R$ 82,04, ou seja, 18,5% abaixo dos R$ 67.
Privatização da Sabesp (SBSP3)
A empresa já operava por economia mista: o governo de São Paulo tem cerca de 50% das ações, mas a partir de agora está formalmente privatizada.
Após a oferta, o Estado ficará com cerca de 18% do capital e a Equatorial ficará com 15% das ações. O restante será dividido entre minoritários. Além disso, o estado também terá um golden share, ou seja, o direito de vetar decisões.
De acordo com um gestor que acompanha a empresa desde 2022, a oferta ter saído em um momento ruim para o mercado, em meio à crise de confiança do Brasil, foi algo notório.
“Vemos um retorno potencial sem tamanho pelos próximos anos para a companhia por melhorias de seu Ebitda via eficiência, além de um potencial re-rating de seu múltiplo atual em torno de 0,8x para níveis do setor elétrico em torno de 1,5x”, disse ao Money Times.
Conforme o cronograma, a liquidação da oferta acontece na próxima segunda-feira (22).