Sabesp (SBSP3): O que importa para os investidores no processo de privatização
Melhoria no quadro regulatório, com maior previsibilidade na fórmula de cálculo do custo médio ponderado de capital (WACC), é um dos fatores que ajudarão a determinar o quão atraente será a privatização da Sabesp (SBSP3) para os investidores, disse o Bradesco BBI.
O banco observa que a privatização acontecerá por meio de um aumento de capital de vários bilhões de reais, para o qual o envolvimento do mercado é fundamental.
Nesta terça-feira (17), o governo do estado de São Paulo encaminhou ao Legislativo estadual (Alesp) o projeto de lei propondo a privatização da empresa de saneamento.
Para o Bradesco BBI, o avanço da proposta tem acontecido de forma mais organizada e rápida do que inicialmente esperado, dado o nível de dificuldade.
“A potencial aceleração da aprovação do projeto de lei pelo Legislativo também é um sinal positivo, uma vez que idealmente a privatização da Sabesp deve ocorrer até o primeiro semestre de 2024, antes das eleições municipais no final de 2024″, disse sobre o status de “urgência” do projeto.
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Sabesp alinhada com o mercado
Para o Bradesco BBI, os destaques do projeto de lei de privatização divulgado ontem estão bastante alinhados com o que era esperado.
Os analistas do banco disseram que o estado merece crédito por abordar o ponto sensível de conter os aumentos tarifários para os consumidores de baixa renda.
“Isso facilitará enormemente a aprovação do projeto de lei na Alesp”, comentaram.
Paralelamente à aprovação do projeto de lei de privatização, o Estado terá que negociar os novos contratos de concessão a serem assinados com os municípios (mais de 600 deles) como parte da privatização da Sabesp.
“Essas negociações já estão em andamento, sendo a mais importante com o município de São Paulo (que responde por cerca de 50% da receita da Sabesp), que parece estar avançando em bons termos (embora ainda precisemos ver se um título de concessão será ou não pagos para prorrogar os contratos)”