Sabesp (SBSP3): Em meio à privatização, BlackRock compra ações; veja tamanho da fatia
A BlackRock elevou participação acionária na Sabesp (SBSP3) para 5,165% do total de ações, mostra documento enviado ao mercado nesta sexta-feira (26).
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Segundo o documento, a maior gestora em ativos do mundo passou a deter 33 milhões de ações ordinárias e 2,3 milhões de ADRs na companhia.
“O objetivo das participações societárias acima mencionadas é estritamente de investimento, não objetivando alteração do controle acionário”, destaca.
Privatização da Sabesp
A compra ocorre em um momento de grande euforia para a companhia, que precificou sua oferta de ações em R$ 67. Trata-se do mesmo valor ofertado pela Equatorial (EQTL3), que vai se tornar a acionista de referência da companhia.
A operação movimentou um total de R$ 14,8 bilhões, incluindo os R$ 6,8 bilhões pagos pela acionista de referência.
Os recursos vão para o caixa do governo de São Paulo, que desse modo deixa de exercer o controle da empresa de saneamento. O total de ações considera a oferta base de 191,7 milhões de ações e um lote suplementar de 28,8 milhões.
A demanda da oferta de ações se tornou a maior da história, batendo em três vezes da Petrobras (PETR4) em 2010, que atingiu R$ 61 bilhões em pedidos.
Além disso, é a terceira maior oferta ao nível mundial em 2024, sendo a maior operação de saneamento e utilites da história.
Na bolsa, a ação renovou as máximas históricas. Desde 21 de junho, quando foi definido o investidor referência, a ação acumula alta de 15%.
E para o JPMorgan, a ação pode entregar ainda mais. O banco gringo reitera sua posição de compra, com preço-alvo de R$ 125 para o final de 2025, potencial de alta de 41%.
Os analistas ponderam que os próximos trimestres deverão mostrar ao mercado uma nova administração, um novo plano de negócios, medidas de eficiência de custos e aceleração de investimentos.
Neste cenário, projetam uma redução real de 20% no OPEX/m³ (despesas operacionais) e um aumento de 45% na base de ativos regulatórios até 26 de dezembro, promovendo uma expansão de 55% no Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e 53% no EPS (lucro por ação) no período.