Sabesp (SBSP3): Itaú BBA eleva em quase R$ 40 o preço-alvo; o que pode fazer a ação saltar 58%?
O Itaú BBA alterou o preço-alvo para as ações da Sabesp (SBSP3), de acordo com relatório publicado pela instituição nesta segunda-feira (18). Os papéis da companhia foram elevados de R$ 83,60 para R$ 120,30, o que implica um potencial de valorização de 58% sobre os preços atuais.
O novo preço-alvo implica em um múltiplo EV/RAB (valor da empresa/base de ativos regulatórios) de 1,24x. A casa enxerga ganhos substanciais de eficiência no futuro, a depender da nova governança da empresa.
O BBA tem recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a compra) para a empresa de saneamento.
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A atualização vem após a abertura de consulta pública para discutir o novo modelo de contrato de concessão entre a Sabesp e os municípios, além de diversos documentos detalhando o novo marco regulatório que fará parte do contrato de concessão. Assim, abre-se espaço para desbloquear maiores quantias, mantendo parte dos ganhos de eficiência.
“Acreditamos que os termos propostos são bem equilibrados, permitindo que a Sabesp crie valor se operar de forma eficiente e atender à universalização de metas e penalizar a empresa se ela operar mal e não atingir as metas. Os documentos deixam menos espaço para uma abordagem limitante por parte do regulador, principalmente em relação a itens-chave como reconhecimento de capex, cálculo de opex e metas de eficiência”, explicou o documento.
O relatório destaca ainda que a questão da governança futura é o maior evento para o desempenho do papel quando olhado para frente, e que a performance fraca nos últimos dias vem por conta do ceticismo dos investidores quanto a esse assunto.
Notícias ventiladas na imprensa sugerem que o Governo de São Paulo tem analisado a possibilidade de realizar um leilão separado para atrair um investidor estratégico que competiria com outros investidores estratégicos por uma fatia de 15-20% na companhia. Sobre isso, Equatorial (EQTL3), Cosan (CSAN3), Votorantim e Aegea estariam analisando a oportunidade.
No entanto, espera-se que o acordo avance sob uma estrutura corporativa completa, mesmo que o Estado não consiga atrair nenhum destes intervenientes.