Sabesp avança quase 1% após ter lucro maior que o dobro no 3º trimestre
Depois de informar que seu lucro líquido mais do que dobrou no terceiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, as ações da Sabesp (SBSP3) operam com valorização na tarde desta segunda-feira.
Além disso, o resultado foi impulsionado por vários fatores, como o início da operação em Santo André, no ABC Paulista, as operações da empresa em Guarulhos e a reversão de uma provisão fruto de um acordo com o Ministério Público.
Assim, por volta das 13 horas, os papéis somavam 0,93% a R$ 52,35.
O lucro líquido da Sabesp entre julho e setembro foi de R$ 1,2 bilhão, valor 113,9% superior aos R$ 565,2 milhões obtidos um ano antes. Já o Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 3 bilhões, salto de 109,8% na comparação com os 1,42 bilhão registrados no mesmo período de 2018.
Além disso, a receita operacional líquida foi de R$ 5,4 bilhões, alta de 42% em relação aos R$ 3,8 bilhões de um ano antes.
Segundo a Sabesp, o início das operações da estatal em Santo André gerou impacto de 1,275 bilhão de reais em sua receita operacional no trimestre e uma redução de 41,7 milhões de reais nas despesas do período. Já as operações da companhia em Guarulhos geraram impacto de 115,6 milhões de reais na receita operacional da empresa.
Além disso, o arquivamento em outubro de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmando em 2009 com o Ministério Público de São Paulo para a dispensa gradual de funcionários aposentados, permitiu à Sabesp reverter um provisionamento de 173,3 milhões de reais que havia realizado.
A Brasil Plural (BPFF11) avalia que os números apresentados pela estatal foram neutros, mesmo superando as expectativas. Para os analistas, o resultado foi afetado por itens não recorrentes, principalmente devido aos impactos positivos da adição de nova concessão sob o comando da empresa.
Em comunicado enviado a clientes, o a Brasil Plural destaca que “o setor de saneamento atravessa um momento favorável, com o novo marco regulatório possivelmente sendo aprovado este ano, que deve ser seguido pela privatização da empresa no primeiro semestre de 2020”.