S&P 500 abre estável nesta sexta; mercados monitoram tensões entre Rússia e Ucrânia
O S&P 500 caminhava estável na abertura desta sexta-feira (18), após fechar em queda de mais de 2% no último pregão.
O índice formado pelas 500 principais companhias dos Estados Unidos marcava os 4.380,40 pontos nos primeiros minutos de negociação do dia.
O Nasdaq Composite operava com perdas de 0,31%, a 13.673,89 pontos, depois de ter caído 2,88% nesta quinta, com maior pressão em ações de empresas ligadas aos setores de tecnologia e serviços de comunicação.
As bolsas norte-americanas se recuperam das baixas de ontem, embora as tensões geopolíticas entre países ocidentais, Rússia e Ucrânia continuem no centro das atenções dos mercados.
Os mercados globais, incluindo o Ibovespa, foram abalados pelo embate no Leste Europeu entre separatistas apoiados pelo governo russo e forças ucranianas. Os dois lados trocaram acusações de disparo além da linha de cessar-fogo no leste da Ucrânia.
Isso elevou as preocupações dos mercados quanto a um possível ataque na Ucrânia pela Rússia, cujas relações com os países ocidentais, especialmente EUA e Reino Unido, estão cada vez mais estremecidas.
Nesta sexta, forças do governo ucraniano e rebeldes apoiados pela Rússia relataram que os bombardeios na região aumentaram pelo segundo dia consecutivo.
Segundo a RBC Capital Markets, uma possível escalada do conflito no Leste Europeu tem potencial para derrubar em até 20% as bolsas norte-americanas.
A queda seria similar a das duas guerras do Iraque ou da guerra comercial entre EUA e China em 2018, afirma a RBC.
Além da situação no Leste Europeu, investidores continuam temorosos quanto a uma postura ainda mais agressiva do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano.
A ata da última reunião do Fed não mostrou nada fora do esperado, mas deixou alguns pontos ainda em aberto.
O documento indicou uma postura mais hawkish (agressiva em relação à inflação) por parte das autoridades monetárias dos EUA, que decidiram durante a reunião dos dias 25 e 26 de janeiro manter inalterada a taxa de juros do país entre 0-0,25% e sinalizaram a primeira elevação em março.
Na ocasião, o Fed também sinalizou que espera dar início à redução do seu balanço patrimonial logo após a alta dos juros.
As autoridades têm se atentado ao fortalecimento dos indicadores de atividade econômica e de emprego no país e monitorado de perto o desequilíbrio entre oferta e demanda, que contribui para a elevação dos níveis de inflação – atualmente em 7,5%, maior nível em 40 anos.
Segundo a ata, as autoridades veem que as condições financeiras nos EUA permanecem “acomodativas”.