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Ryanair planeja centenas de demissões por crise do Brexit e Max

31 jul 2019, 15:34 - atualizado em 31 jul 2019, 15:34
Ryanair
A Ryanair já havia avisado que fecharia algumas bases europeias e encolheria outras em resposta à crise do Max e preocupações relacionadas ao Brexit (Imagem: Pixabay)

A Ryanair Holdings prepara um amplo plano de corte de empregos, um dos maiores dos últimos anos, como reflexo da queda do lucro e da suspensão dos voos com o jato 737 Max da Boeing.

Em um vídeo transmitido aos funcionários e visto pela Bloomberg, o presidente da companhia aérea de baixo custo, Michael O’Leary, disse que a empresa atualmente tem um excesso de mais de 500 pilotos e cerca de 400 comissários de bordo. Além disso, a Ryanair disse que vai precisar de 600 funcionários a menos nessas categorias no próximo verão do que havia previsto antes da suspensão dos voos com o Max.

Um porta-voz da Ryanair confirmou a autenticidade do vídeo e disse que cerca de 900 funcionários da força de trabalho atual podem ser afetados. A companhia aérea tinha cerca de 5.500 pilotos em março, dos quais cerca de 10% poderiam perder o emprego, com base nos comentários de O’Leary. A empresa emprega pouco mais de 9.000 comissários de bordo.

“Nos próximos dias, vamos fazer o melhor possível para minimizar os cortes de emprego, mas alguns são inevitáveis neste momento”, disse O’Leary.

A Ryanair já havia avisado que fecharia algumas bases europeias e encolheria outras em resposta à crise do Max e preocupações relacionadas ao Brexit. Os voos com o 737 Max foram suspensos em todo o mundo depois de dois desastres aéreos, e o reguladores ainda não definiram uma data para a retomada das operações.

A companhia publicou o vídeo na segunda-feira após anunciar uma queda de 21% do lucro trimestral, afetado pelos custos mais altos dos combustíveis, desaquecimento da atividade econômica global e guerra tarifária. Na mensagem, O’Leary pede desculpas aos funcionários dizendo que as demissões serão detalhadas até o final de agosto, quando a companhia aérea – que tem um total de 86 bases em toda a Europa – concluir os acordos com aeroportos e sindicatos. As demissões serão realizadas em setembro e outubro e continuarão depois do Natal, acrescentou.

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