Rússia prevê que preço do gás para exportação mais que dobrará em 2022
A Rússia prevê que seu preço médio de exportação de gás mais que dobrará este ano, para 730 dólares por 1.000 metros cúbicos, antes de cair gradualmente até o final de 2025, à medida que as exportações de gás via gasoduto diminuem, mostrou uma previsão do Ministério da Economia vista pela Reuters.
Os fluxos de gás da Rússia, principal fornecedor da Europa, estão em níveis reduzidos este ano depois que uma rota foi fechada quando Moscou enviou tropas para a Ucrânia em fevereiro.
Além disso, alguns países europeus foram cortados do fornecimento por se recusarem a pagar pelo gás em rublos, e uma disputa eclodiu sobre reparos em uma turbina do gasoduto Nord Stream 1, que liga Rússia e Alemanha.
Os preços do gás subiram como resultado.
O Ministério da Economia da Rússia prevê que as exportações de gás da Gazprom cairá para 170,4 bilhões de metros cúbicos (bcm) este ano, ante previsão de 185 bcm divulgada em maio e contra 205,6 bcm exportados em 2021.
A pasta antecipa que os volumes de gás continuarão a cair além deste ano, mas não deu nenhuma explicação.
Como resultado de oferta já apertada, o preço médio do gás da Gazprom foi estimado em 730 dólares por 1.000 metros cúbicos (cm) em 2022, mais que o dobro dos 304,6 dólares cobrados no ano passado, e representando um aumento de 40% em relação à previsão anterior de 523,3 dólares.
Saída de petróleo aumentando
A Rússia começou a aumentar gradualmente sua produção de petróleo após restrições relacionadas às sanções e à medida que os compradores asiáticos aumentaram as compras, levando Moscou a aumentar suas previsões de produção e exportação até o final de 2025, mostrou o documento.
A Gazprom também disse que os suprimentos de gás estão aumentando para a China, mas não forneceu detalhes. A Europa continua sendo de longe o maior mercado para o gás russo.
Maiores volumes de exportação de petróleo, juntamente com o aumento dos preços do gás, ajudariam a Rússia a ganhar 337,5 bilhões de dólares com as exportações de energia neste ano e 255,8 bilhões de dólares no próximo.
O Ministério da Economia não respondeu ao pedido de comentário.
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