Rússia habilita frigoríficos do Brasil; plantas contemplam JBS (JBSS3) e BRF (BRFS3)
A Rússia autorizou mais frigoríficos brasileiros a exportarem carne bovina e de frango. Além de novas habilitações, foram retirados embargos, segundo um comunicado do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia.
O país habilitou frigorífico da JBS (JBSS3) de Confresa (MT) para exportação de carne bovina, além de uma planta da BRF (BRFS3) de carnes de aves e gorduras em Chapecó (SC), até então restritas à farinha animal.
A Rússia também retirou a suspensão temporária sobre as unidades de:
- carne de aves e subprodutos avícolas da planta da Seara Alimentos — marca da JBS — de Forquilhinha (SC);
- carne de aves da unidade da Seara Alimentos de Itapetininga (SP); e
- carne bovina da JBS de Lins (SP) — vendas que estavam suspensas desde 2017.
As alterações estão válidas desde 23 de janeiro e foram comunicadas à indústria de carnes em 29 de janeiro, segundo as informações do Serviço de Inspeção Federal (SIF) e do órgão sanitário russo.
No documento de liberação, encaminhado às autoridades sanitárias do Brasil, o órgão russo afirmou que a ampliação ocorre após auditoria nos frigoríficos.
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Em uma rede social, o adido agrícola da Rússia no Brasil, Andrey Yurkov, afirmou que a auditoria realizada pela autoridade russa no país foi concluída em dezembro. Foi a primeira vistoria desde 2015, segundo Yorkov, e passou por seis estados brasileiros e pelo Distrito Federal.
“A missão russa mais uma vez fortaleceu a relação de confiança entre as autoridades sanitárias do Brasil e da Rússia e reafirmou a importância do papel do Brasil no fornecimento de produtos de origem animal, sendo um dos principais fornecedores de carnes para o mercado russo”, escreveu Yorkov.
Vale lembrar que BRF reporta seus resultados em 26 de fevereiro, enquanto a JBS divulga seus números em 26 de março.
De acordo com Hyberville Neto, da HN Agro, liberação de plantas para exportação é algo positivo, mas o peso da Rússia nas compras brasileiras de carne bovina e de aves tem sido pequeno.
“Considerando as carnes in natura, o país participou com menos de 2% das vendas brasileiras em 2023. Por outro lado, a abertura das plantas, se for uma sinalização de melhoria da demanda geral do país, pode ser algo mais relevante, mas não pelas plantas em si. O país tem diminuído as importações nos últimos anos. Considerando todas as origens e as projeções do USDA, entre 2014 e 2024 as importações russas de carne bovina devem cair 72% e as de carne de frango, 66%”, explica.
*Com Estadão Conteúdo