Economia

Rússia fica à beira de calote histórico da dívida

16 mar 2022, 15:04 - atualizado em 16 mar 2022, 15:04
“A questão sobre defaults é que eles nunca são claros e esse não é exceção”, disse Guido Chamorro, gerente de carteira de mercados emergentes da Pictet (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

O custo econômico do ataque da Rússia à Ucrânia ficou ainda mais exposto nesta quarta-feira, uma vez que o país encontra-se à beira de seu primeiro calote da dívida internacional desde a revolução Bolchevique.

Moscou deve pagar 117 milhões de dólares em juros em dois títulos soberanos denominados em dólares que vendeu em 2013. Mas as limitações que agora enfrenta para fazer os pagamentos e declarações do Kremlin de que pode pagar em rublos –causando um default de qualquer maneira– deixaram mesmo investidores veteranos se questionando sobre o que pode acontecer.

Um descreveu a situação como o pagamento de dívida governamental mais observado desde o default da Grécia no ápice da crise da zona do euro. Outros disseram que o período de carência que dá à Rússia mais 30 dias para fazer o pagamento pode arrastar a saga.

“A questão sobre defaults é que eles nunca são claros e esse não é exceção”, disse Guido Chamorro, gerente de carteira de mercados emergentes da Pictet.

“Existe o período de carência, então não vamos mesmo saber se será um default ou não até 15 de abril”, disse ele, referindo-se à situação sobre se nenhum pagamento de cupom for feito. “Qualquer coisa pode acontecer no período de carência.”

Os credores não receberam os fundos até o fechamento dos negócios em Londres, disseram duas fontes familiarizadas com a situação.

Por sua vez o ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, disse que Moscou fez o pagamento ao banco norte-americano correspondente, e cabe agora aos Estados Unidos esclarecer se a liquidação é possível.

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