Internacional

Rússia discute “união de gás” com Cazaquistão e Uzbequistão, diz vice-premiê

29 nov 2022, 9:08 - atualizado em 29 nov 2022, 9:08
O vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak, que mencionou embarques para a China, não forneceu detalhes sobre o plano (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

A Rússia está discutindo uma possível “união de gás” com o Cazaquistão e o Uzbequistão para apoiar os embarques entre os três países e para outros compradores de energia, incluindo a China, disseram autoridades russas na terça-feira.

O vice-primeiro-ministro russo Alexander Novak, que mencionou embarques para a China, não forneceu detalhes sobre o plano.

Enquanto isso, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os detalhes do acordo ainda não foram discutidos, mas a principal ideia é coordenar os planos de fornecimento.

Ele citou o exemplo do norte do Cazaquistão, que importa gás da Rússia e onde o governo de Astana está considerando a construção de um gasoduto para fornecer gás cazaque à região.

A Rússia, ao mesmo tempo, está aumentando a produção na vizinha Sibéria oriental, disse ele, insinuando que o Cazaquistão poderia evitar gastar “dezenas de bilhões de dólares” em gasodutos comprometendo-se com as importações russas.

O porta-voz do presidente cazaque Kassym-Jomart Tokayev disse na terça-feira que o presidente russo, Vladimir Putin, propôs tal ideia em uma reunião com Tokayev na segunda-feira. Ele não forneceu detalhes.

A Rússia é um grande exportador de gás natural, enquanto o Uzbequistão e o Cazaquistão produzem aproximadamente tanto quanto consomem. Os dois países estão conectados por um gasoduto à Rússia, e um gasoduto separado cruza ambos a caminho da China.

No entanto, ambos os gasodutos bombeiam principalmente gás do Turquemenistão, enquanto o Cazaquistão e o Uzbequistão nunca relataram nenhum transporte de gás russo para a China ou qualquer outro país.

A Rússia, atingida por sanções ocidentais por causa da invasão da Ucrânia e da interrupção do gasoduto Nord Stream, está empenhada em aumentar as vendas de sua energia e commodities na Ásia.

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