Rússia, Brasil, Argentina e Austrália guiam trigo na CBOT; o que esperar em novembro?
No mês de outubro, o contrato do trigo com vencimento para dezembro na Bolsa de Chicago (CBOT), apresentou alta de 2,7% frente ao mês de setembro.
Apesar disso, entre os dias 2 e 19, os preços saltavam 5% ante o mês anterior, pela recuperação das vendas dos Estados Unidos e com as incertezas vindas dos grandes produtores do Hemisfério Sul, com destaque para seca na Argentina e Austrália e excesso de chuvas no Brasil.
“Nos últimos dias 10 dias de outubro, o mercado se inverteu e recuou mais de 6%. A queda foi motivada pelo agressividade das vendas russas de trigo, com os valores do cereal do maior exportador global recuando 7% no mês passado”, explica Elcio Bento, analista da Safras & Mercado.
No lado da oferta, as chuvas na Austrália e Argentina registradas nos últimos dias de outubro resultaram em um alívio para estresse climáticos.
“Além disso, o plantio da safra de inverno nos EUA segue sem grandes preocupações. Também é importante destacar que quando comparado ao fechamento de outubro do ano passado, o cereal acumula queda de quase 40%.
O que esperar para o trigo em novembro?
Para novembro, a tendência é de que o mercado conte com poucas oscilações.
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“A questão climática nas lavouras de inverno do Hemisfério Norte e na consolidação da produção no Hemisfério Sul seguirão no radar do mercado. Uma eventual piora nas lavouras da Austrália e Argentina pode servir de suporte. No lado da demanda, o foco segue sendo o Mar Negro”, conclui Bento.
Por volta de 14h40 desta quarta-feira (1), o contrato futuro com vencimento para dezembro avançava 1,08%, aos US$ 5,62 por bushel.