Rússia aumenta exportação de petróleo, mas receita cai antes do limite de preço, diz IEA
As exportações de petróleo da Rússia aumentaram em novembro, antes da entrada em vigor, em 5 de dezembro, do teto de preço imposto pelo G7, União Europeia e Austrália para conter a receita de guerra de Moscou, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta quarta-feira.
No entanto, preços globais mais baixos e descontos mais acentuados para o petróleo russo significaram que a receita de Moscou caiu 700 milhões de dólares, para 15,8 bilhões de dólares, disse a IEA.
A agência de energia com sede em Paris disse que continua esperando que o limite de preço reduza a produção de petróleo da Rússia em 1,4 milhão de barris por dia (bpd) no próximo ano.
A produção russa superou consistentemente as previsões da IEA que apontavam golpes do teto de preços à produção e às exportações.
“Embora os preços mais baixos do petróleo sejam um alívio bem-vindo para os consumidores que enfrentam o aumento da inflação, o impacto total dos embargos ao petróleo russo e ao fornecimento de produtos ainda não foi visto”, disse a IEA.
A China ainda caminha para uma contração de sua demanda por petróleo em 400.000 bpd, para 15,4 milhões de bpd este ano, acrescentou a IEA, antes de se recuperar em quase um milhão de bpd em 2023.
Os desafios econômicos globais e as preocupações com a demanda na China, maior importador mundial de petróleo, ajudaram a eliminar a maior parte dos ganhos do preço do petróleo neste ano, mas a IEA disse que a demanda em algumas áreas foi surpreendentemente robusta.
China, Índia e Oriente Médio compensaram parte da folga deixada pela redução da absorção de petróleo na Europa e em outras partes do Leste Asiático, disse.