Internacional

Rússia adverte Ocidente que pode ter satélites comerciais como alvos

27 out 2022, 8:10 - atualizado em 27 out 2022, 8:10
Rússia
Vorontsov disse que o uso de satélites ocidentais para ajudar o esforço de guerra ucraniano era “uma tendência extremamente perigosa” (Imagem: REUTERS/Joe Skipper)

Um alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que os satélites comerciais dos Estados Unidos e de seus aliados poderiam tornar-se alvos legítimos para a Rússia se estiverem envolvidos na guerra na Ucrânia.

A Rússia, que em 1957 lançou o Sputnik 1, o primeiro satélite fabricado pelo homem, ao espaço e em 1961 colocou o primeiro homem no espaço exterior, tem uma capacidade espacial ofensiva significativa –assim como os Estados Unidos e a China. Em 2021, a Rússia lançou um míssil antissatélite para destruir um de seus próprios satélites.

Konstantin Vorontsov, vice-diretor do departamento de não-proliferação e controle de armas do Ministério das Relações Exteriores russo, disse às Nações Unidas que os Estados Unidos e seus aliados estavam tentando usar o espaço para impor o domínio ocidental.

Vorontsov disse que o uso de satélites ocidentais para ajudar o esforço de guerra ucraniano era “uma tendência extremamente perigosa”.

“A infraestrutura quasi-civil pode ser um alvo legítimo para um ataque de retaliação”, disse Vorontsov ao Primeiro Comitê das Nações Unidas, acrescentando que o uso de tais satélites pelo Ocidente para apoiar a Ucrânia era “provocador”.

“Estamos falando do envolvimento de componentes da infraestrutura espacial civil, inclusive comercial, pelos Estados Unidos e seus aliados em conflitos armados”, disse Vorontsov.

Ele não mencionou nenhuma empresa de satélite específica, embora Elon Musk tenha dito no início deste mês que sua empresa de foguetes SpaceX continuaria a financiar seu serviço de internet Starlink na Ucrânia, citando a necessidade de “boas ações”.

A guerra na Ucrânia matou dezenas de milhares, prejudicou a recuperação econômica global pós-Covid-19 e desencadeou o mais grave confronto com o Ocidente desde a crise dos mísseis cubanos de 1962.

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar