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Rumo terá pacote de boas notícias em 2021, aponta Ágora Investimentos

17 nov 2020, 16:25 - atualizado em 17 nov 2020, 16:25
Rumo
A empresa transportou em outubro um volume 3% maior do que em 2019, puxado, principalmente, pelo carregamento de açúcar, que saltaram 207% (Imagem: Rumo/Linkedin)

Apesar dos resultados não terem agradado os analistas, a Rumo (RAIL3) tem tudo para continuar se valorizando em 2021, aponta a Ágora Investimentos em relatório enviado a clientes nesta terça-feira (17).

A empresa transportou em outubro um volume 3% maior do que em 2019, puxado, principalmente, pelo carregamento de açúcar, que saltou 207%. O volume da operação Norte cresceu 6%, enquanto a operação Sul registrou queda de 9%. O carregamento de soja, porém, caiu 80%, mas com os volumes de farelo de soja crescendo 20%.

“Mantemos nossa recomendação de compra para Rumo, uma vez que em 2021 a empresa deve se beneficiar de fatores positivos”, afirmaram Victor Mizusaki e Ricardo França.

Entre os pontos listados pelos analistas, está o fato dos agricultores já terem vendidos 60% da safra de 2021, elevação de 24 pontos percentuais em relação a 2019.

Além disso, o valor do frete dos caminhões, que são grandes concorrentes do transporte ferroviário, deve subir após o início da cobrança de pedágio na BR163.

A dupla cita ainda a operação da Malha Central e as discussões sobre a aprovação do projeto Lucas do Rio Verde e Projeto de Lei 261, conhecido como Marco Legal das Ferrovias.

Resultados

A Rumo teve desempenho operacional recorde no terceiro trimestre, mas viu o lucro cair forte em meio ao declínio de tarifas de transporte ferroviário e despesas com a renovação antecipada da Malha Paulista.

A companhia, braço de logística do grupo Cosan (CSAN3), anunciou lucro líquido de julho a setembro de 171 milhões de reais, queda de 53,7% ante mesma etapa de 2019.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda) atingiu 1,11 bilhão de reais no período, caindo 7,7% no comparativo anual.

Além disso, a margem Ebitda declinou 4,3 pontos percentuais, para 54,3%.

A Rumo afirmou que fez em setembro pré-pagamento de parcial das outorgas das malhas ferroviárias Central e Paulista no montante de 5,1 bilhões de reais.

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