Rumo: esqueça o balanço fraco e suba rápido neste trem, dizem analistas
A Rumo (RAIL3) apresentou um prejuízo líquido de R$ 136 milhões no primeiro trimestre. Para muitas empresas, este seria um sinal para que os investidores desembarquem das ações o quanto antes, mas, para a companhia de transporte ferroviário, o caso é bem o contrário.
Pelo menos, na visão dos primeiros analistas que se manifestaram sobre seus números: a Guide Investimentos, Ágora Investimentos e BTG Pactual (BPAC11).
Em comum, todos concordam que o resultado, divulgado nesta quarta-feira (27), foi fraco. “A Rumo apresentou um resultado não muito consistente, em comparação com os períodos anteriores”, afirma a Guide Investimentos.
“Isto se deu por conta da sazonalidade, com a entrada tardia da safra de soja em relação ao ano anterior”, completa.
Assim como outras instituições, a Guide pede um voto de confiança dos investidores, sinalizando que as coisas devem melhorar para a companhia nos próximos meses. “Os números devem ser compensados no segundo trimestre”, argumenta. A Guide não indicou recomendação ou preço-alvo em seu comentário dos resultados.
Favorita
Lucas Marquiori, que assina o relatório do BTG Pactual, segue pelo mesmo caminho, ao destacar que o próximo trimestre será melhor, com o aumento do volume de soja transportada.
“A Rumo continua como nossa top pick [favorita] em transportes, devido à sua história de volumes protegidos, e seu negócio provando ser resiliente em meio ao intenso turbilhão do mercado”, argumenta.
Com isso, o BTG Pactual reiterou sua recomendação de compra das ações, com preço-alvo de R$ 25. O valor representa uma alta potencial de 6,6% sobre a cotação de referência do banco.
Num curto comentário, a Ágora Investimentos considerou os números apresentados pela Rumo em linha com o esperado, e atribuiu a queda do volume transportado a problemas operacionais e à entrada tardia da colheita de soja. A gestora manteve a recomendação de compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 24.