RRRP3, RECV3 e PRIO3: O que esperar das petroleiras júniores no 1T23, segundo o Itaú BBA
O Itaú BBA espera que as petroleiras júniores reportem bons resultados nos primeiro três meses de 2023. Segundo analistas do banco, as empresas devem se beneficiar dos preços de petróleo e gás ainda elevados e níveis de produção diários mais altos.
A dinâmica, segundo eles, deve compensar parcialmente ou totalmente a queda nos preços do petróleo no período. Com isso, o banco, em relatório assinado Monique Greco e equipe, manteve recomendação “outperform” para as ações das três empresas.
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RRRP3
A 3R Petroleum (RRRP3) dá largada para a temporada de balanços das petroleiras, divulgando seus resultados na quarta-feira (26), após o fechamento do mercado.
O Itaú BBA espera que a companhia apresente um lucro líquido de R$ 38 milhões no trimestre. Além disso, o banco calcula que a receita líquida seja beneficiada pela maior produção e pelo início das vendas de óleo de Papa Terra, gerando receita líquida recorde de R$ 556 milhões, alta de 25% no trimestre.
Os analistas projetam um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 158 milhões para o 1T23, alta de 40% em relação ao trimestre anterior, impulsionado por Papa Terra. “Nos trimestres anteriores, o campo contribuía apenas com despesas relacionadas à transição operacional, agora também contribuirá com vendas de óleo”, explicam os especialistas.
RECV3
O Itaú pontua que o enfoque da PetroRecôncavo (RECV3) nas operações de gás deve sustentar os resultados da empresa nos próximos trimestres, “com os contratos prestes a vencer sendo precificados em condições mais atrativas”.
A petroleira irá divulgar seus resultados no dia 12 de maio, após o fechamento do mercado. E deve registrar um lucro líquido de R$ 177 milhões na temporada, 47% abaixo do 1T22.
Segundo os analistas do banco, a petroleira deve divulgar uma receita líquida de R$ 703 milhões no 1T23 (queda de 9% no trimestre), impulsionada por um preço médio do Brent de US$ 82 por barril e um resultado de hedge negativo. O BBA ainda projetou um Ebitda consolidado de R$ 322 milhões para o 1T23, queda de 18% na comparação trimestral.
PRIO3
Já a Prio (PRIO3) deve apresentar “resultados recordes” no 1T23, pontuam os analistas do BBA. A empresa anuncia seus dados trimestrais no dia 3 de maio, após o fechamento do mercado.
Os analistas do BBA esperam que a empresa divulgue um lucro líquido de R$ 209 milhões, em linha com o 1T22, e um Ebitda de US$ 370 milhões no período. A receita da petroleira será impulsionada por um aumento de 218% nas vendas no trimestre, “devido à venda de todo o seu armazenamento de petróleo nas Ilhas Virgens dos EUA”.
O preço médio do Brent de US$ 82 por barril também deve ser responsável por compensar parcialmente o resultado, de acordo com o banco.
Os analistas esperam que a Prio sofra um revés temporário na evolução do custo de extração no 1T23 com a incorporação da Albacora Leste em janeiro. No entanto, eles ponderam que a empresa deve “voltar aos trilhos” nos períodos seguintes.