Rotativo do cartão: Entenda o que é e o que o governo quer mudar
O governo Lula quer limitar os juros rotativos do cartão de crédito na tentativa de reduzir as taxas e baratear o crédito. Por enquanto, as discussões giram em torno de quatro opções. São elas:
No primeiro caso, a ideia é acabar com a modalidade de parcelamento sem juros. A ideia chegou a ser comentada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. No entanto, não agradou à população e ainda preocupa porque pode levar a uma queda na adesão ao cartão de crédito.
Nesse barco também entra a proposta de limitar a quantidade das parcelas sem juros, que gera as mesmas questões do fim dos “12x sem juros”: quem sai prejudicado é o consumidor.
A terceira opção é do deputado Alencar Santana Braga. Neste caso, o plano é propor limite de 100% para o juros rotativo. No entanto, a proposta é que esse limite entre em vigor apenas se os bancos não encontrarem uma solução dentro de 90 dias.
Por fim, a última proposta que está rolando é de que o Conselho Monetário Nacional (CMN) ficasse responsável por limitar a taxa.
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O que são juros rotativos?
Os juros rotativos são as taxas cobradas em cima do crédito rotativo. Quando o cliente não paga o valor total da fatura do cartão, o banco automaticamente faz uma espécia de empréstimo. Na prática, o valor que ficou faltando é cobrado na fatura do mês seguinte e com o acréscimo dos juros.
Caso a pessoa não consiga pagar a fatura seguinte, os bancos tendem a oferecer uma linha de crédito ou a opção de parcelamento do valor com juros diferentes.
Taxas abusivas?
O rotativo é a modalidade de crédito mais cara no Brasil. Segundo dados do Banco Central, os juros rotativos do cartão de crédito subiram 8,7 pontos percentuais em julho, chegando a 445,7% ao ano. No último relatório divulgado, em junho, a taxa era de 437,0%. Já no mesmo período do ano passado, os juros estava em 394,93%.
*Com Juliana Caveiro