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Rossi abre em leve alta após nova reestruturação de dívidas com bancos

19 mar 2018, 11:14 - atualizado em 19 mar 2018, 11:14

Investing.com – As ações da Rossi (SA:RSID3) são negociadas em alta de 0,49% a R$ 6,14 no início da manhã desta segunda-feira, após a companhia anunciar no final da última semana a reestruturação das dívidas de longo prazo.

No início da noite de sexta-feira (16) a Rossi Residencial comunicou ao mercado, por meio de fato relevante, que seu conselho de administração aprovou os termos de acordo de renegociação das dívidas da companhia com o Bradesco (SA:BBDC4) e como Banco do Brasil (SA:BBAS3), que juntas totalizam R$ 1,27 bilhão.

De acordo com dados da construtora, a dívida com o Bradesco está avaliada em R$ 1,02 bilhão e terá sua maior parte quitada com a entrega de ativos que já eram utilizados como garantia de débito. Deste total, R$ 315 milhões em ativos terão efeito imediato de amortização, com a Rossi estimando que o saldo total quitado com ativos possa chegar a R$ 755 milhões. Assim, o restante pode ser consumado no decorrer do ano, à medida que as transferências de todos os ativos sejam formalizadas.

A Rossi informou também que os R$ 265 milhões restantes terão prazo alongado para pagamento, com dois anos de carência para o principal e juros. Nos cinco anos seguintes, o pagamento será escalonado, sendo 5% no primeiro ano e 55% no sétimo e último ano do contrato.

Já com o Banco do Brasil, a dívida de R$ 250 milhões terá abatimento de 35% com os recebíveis provenientes da venda de imóveis que são atualmente garantia das referidas dívidas. Os 65% de saldo também terão prazo de pagamento estendido. A companhia não detalhou os prazos nesse caso.

Acordo em dezembro

No final do ano passado, a Rossi já havia anunciado acordo para reestruturação da dívida de R$ 1,66 bilhão com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. Além disso, na ocasião, tinha firmado um Memorando de Entendimentos com o Bradesco que tinha por objeto a reestruturação de dívidas corporativas, decorrentes de operações financeiras firmadas com o banco, no valor aproximado de R$ 1 bilhão. Como principal medida, destacava-se a quitação parcial dos valores devidos pela companhia por meio de ativos que já fazem parte da cesta de garantias constituída para suportar as atuais operações financeiras.

Segundo a Rossi, o acordo com os três bancos abrange cerca de 90% da sua dívida corporativa total. “Além da significativa redução do nível de alavancagem e da redução nas despesas financeiras projetadas para os próximos anos, a reestruturação contribuirá indiretamente para a retomada do ciclo de lançamentos”.

Por Investing