Rosa Weber vota para barrar indicações de parlamentares em orçamento secreto; julgamento será retomado 5ª-feira
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, votou nesta quarta-feira para barrar as indicações de deputados federais e senadores para o chamado orçamento secreto, ordenando que a indicação do uso dos recursos dessas despesas sejam feitas pelos ministros de Estado de cada área que seria beneficiada pelas emendas de relator.
Em um longo e duro voto, Rosa Weber disse que esse tipo de rubrica orçamentária subverte a lógica da independência entre os Poderes, oculta os parlamentares beneficiários das despesas e atende a interesses eleitorais.
A relatora das ações que questionam o expediente também votou para que as emendas de relator editadas entre os anos de 2020 e 2022 sejam tornadas públicas em um prazo de 90 dias.
Rosa Weber suspendeu o julgamento, que será retomado nesta quinta com o voto dos demais 10 ministros do Supremo.
O julgamento é acompanhado com expectativa pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e por parlamentares, sendo um dos motivos alegados nos bastidores para travar o avanço da votação da PEC da Transição.