Política

Rodrigo Pacheco: Senado trabalha para a admissão do Brasil na OCDE

23 jun 2022, 7:35 - atualizado em 23 jun 2022, 7:46
Mathias Cormann e Rodrigo Pacheco
Temos o compromisso de manter e sustentar todas as reformas que fizemos no Brasil nos últimos anos. Essa é uma posição do Senado, independentemente do resultado das eleições deste ano — enfatizou Rodrigo Pacheco (Imagem: Pedro Gontijo/Senado Federal)

Durante encontro com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann, nesta quarta-feira (22), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a Casa trabalha para a admissão do Brasil na OCDE e citou as reformas política, trabalhista e previdenciária, além da imposição do limite de gastos públicos, aprovadas no Parlamento, como exemplos de responsabilidade fiscal do país.

Durante a reunião com o secretário, na sala de audiências do Senado, Rodrigo Pacheco destacou que, para além das reformas, há a necessidade de ações como o fortalecimento do combate ao desmatamento ilegal, com maior preservação do meio ambiente e, no campo econômico, a aprovação da reforma tributária.

O secretário-geral Cormann externou interesse em manter contato direto com o Congresso Nacional para tratar de temas pertinentes ao possível ingresso do Brasil na organização.

Nesse sentido, Pacheco afirmou que o Senado está à disposição para colaborar com representantes da OCDE, bem como o gabinete de relações internacionais do Senado, para estabelecer uma rotina de troca de informações com a OCDE.

— Temos o compromisso de manter e sustentar todas as reformas que fizemos no Brasil nos últimos anos. Essa é uma posição do Senado, independentemente do resultado das eleições deste ano — enfatizou Rodrigo Pacheco.

Rodrigo Pacheco afirmou que o Brasil dispõe de modais de energia limpa, preserva aproximadamente 66% do território, além de contar com uma legislação ambiental que prevê penas severas para infrações, mas destacou os avanços que precisam ser feitos, como o combate ao desmatamento ilegal.

Pacheco listou como uma das principais soluções na Amazônia a busca da estabilidade econômica do país que permita a criação de programas de renda para as comunidades que vivem na região, com pagamentos que levem em conta a preservação ambiental.

— Levar a compreensão a estas comunidades de que a floresta vale mais em pé que derrubada. Recuperar, assim, a visão do mundo diante do Brasil. Vamos aceitar as críticas e resolver os problemas, e não escondê-los — explicou.

Meio ambiente

O secretário-geral reconheceu os avanços brasileiros, ao citar que o país alcançou 112 dos 229 instrumentos necessários para o ingresso na entidade, mas alertou para a necessidade da manutenção das políticas adotadas pelo Brasil.

Em um recado duro, Cormann citou a descrença de outros países no cumprimento de metas na preservação ambiental, ao cobrar ações mais efetivas para a proteção da Floresta Amazônica.

— A Amazônia é um tema muito sensível entre os países que integram a OCDE, e é importante que o Brasil tenha uma posição firme contra o desmatamento ilegal — pontuou.

Cormann ainda cobrou medidas que possam simplificar o sistema tributário brasileiro para garantir o ingresso na OCDE.

— É uma oportunidade para que o país tenha condições melhores para que as pessoas possam viver, possam cuidar dos seus próprios interesses, das suas atividades de forma mais produtiva — avaliou o secretário.

Rodrigo Pacheco disse que a reforma tributária, por meio da PEC 110/2019, é o instrumento para a simplificação. O texto está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Também tramita na Casa o projeto de reforma do Imposto de Renda, atualmente na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

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