Rodolfo Amstalden: Petróleo segue como fonte de energia e de lucros
Está valendo a pena investir em petróleo. Esse é um movimento de mercado que salta aos olhos. Para se ter uma ideia, Ray Dalio, fundador da Bridgewater, e Larry Fink, CEO da BlackRock, líderes de duas entre as maiores gestoras de recursos do mundo, voltaram a comprar ações de petróleo e gás.
No ano passado, eu já tinha alertado aqui sobre o potencial do petróleo para turbinar a carteira.
E, de fato, muita gente conseguiu capturar lucros de lá para cá.
Agora, reitero a indicação.
Quem ainda não investiu na commodity, não deve perder tempo – e não me refiro aqui somente à Petrobras, mas sim a uma posição diversificada, como você verá mais pra frente.
Primeiro, quero falar um pouco sobre o cenário. É importante você ficar por dentro do que está acontecendo.
A trajetória de alta do preço do petróleo, renovando suas máximas, foi um dos principais assuntos da última semana. Aliás, há alguns meses, a escalada da commodity tem sido destaque frequente no noticiário.
Mas retomando de forma breve aqui para você, o barril do petróleo Brent, principal referência mundial, atingiu US$ 88 na última terça-feira (18/01) – a cotação mais elevada em pouco mais de sete anos.
Por sua vez, o barril WTI, petróleo dos Estados Unidos, chegou a ser negociado US$ 85,6, também considerado o maior patamar nessa mesma janela de tempo.
As preocupações com a oferta aumentaram depois de um ataque terrorista do grupo Houthi do Iêmen nos Emirados Árabes Unidos, que provocou explosões em tanques de combustíveis, matando três pessoas e ferindo outras seis, até onde se sabe. O país atingido é um dos maiores produtores de petróleo do mundo.
No âmbito geopolítico, a tensão entre a Ucrânia e a Rússia, que integra a Opep+, também tem pesado.
Mas você deve estar pensando, se o petróleo já subiu tanto, por que ainda vale investir?
A tendência é que suba ainda mais. De acordo com relatório recente do Goldman Sachs, o preço do petróleo Brent deve atingir US$ 100 por barril no terceiro trimestre deste ano. A estimativa é de uma cotação média de US$ 96 por barril em 2022.
Para o ano que vem, o banco projeta que o barril do Brent deverá bater a máxima de US$ 105 no primeiro trimestre.
Outras instituições relevantes também têm divulgado estudos apontando uma trajetória de alta da commodity, acima de US$ 100, como o Bank of America (BofA).
É preciso que fique claro que o ataque terrorista nos Emirados e o conflito envolvendo a Rússia são dois elementos que adicionam complexidade a um contexto maior.
Um desajuste que pressiona o preço
Enquanto a demanda mundial por petróleo é crescente, a oferta já vinha encolhendo nos últimos anos com redução de investimentos, principalmente menos perfurações de poços, em favor das energias renováveis.
Para se ter uma ideia, os países da OCDE, os estoques de petróleo baixaram ao menor patamar desde 2000.
Por outro lado, mesmo com a ômicron, nova variante do coronavírus, o consumo da commodity vem aumentando.
Segundo projeções da Opep, o mundo deve consumir 100,8 milhões de barris de petróleo por dia em 2022, 4,2 milhões diários acima do ano passado.
Além de levar um tempo considerável para reduzir esse desajuste no mercado, logicamente, a economia mundial ainda será bastante dependente do petróleo nos próximos anos.
Então, o preço da commodity tende a transitar em patamares ainda altos.
A transição para uma matriz energética mais limpa, que é importantíssima para o planeta, não se dará da noite para o dia.
Onde investir? Um combo de ativos
Na minha visão, Petrobras (PETR4) é uma excelente alternativa. Como eu venho dizendo, a companhia tem feito a ‘lição de casa’ ao reduzir os custos, realizar desinvestimentos em áreas menos estratégicas e se concentrar nos projetos de extração e produção de petróleo, incluindo os projetos de pré-sal.
A companhia deve entregar este ano dividend yield superior a 20%, podendo ser até mais com a venda da Braskem. Se a cotação do petróleo avançar ainda mais, PETR4 tenderá a se valorizar.
Claro que existem riscos políticos envolvidos que não podem ser desconsiderados em se tratando da Petrobras. Daí a importância da diversificação.
É possível abrir o leque no setor petrolífero. Há outras possibilidades como a 3R Petroleum (RRRP3) e a PetroRio (PRIO3), além de companhias internacionais com alto potencial, a exemplo da Chevron (CHVX34).
Hoje, um meio muito prático de investir é pelo fundo Vitreo Petróleo, que tem na carteira ações de companhias de exploração, refino e distribuição de petróleo, incluindo as que mencionei, assim como ETFs e contratos futuros da commodity.
Para se ter uma ideia, somente no início deste ano até 18 de janeiro, as cotas valorizaram 14,11%. Desde a sua criação em março de 2021, o retorno do fundo é de +38,63%.
A vantagem é que é bem acessível, pois a partir de R$ 100, já é possível investir nesse combo e começar a buscar lucros com petróleo.
Um abraço!
P.S: ao longo das últimas semanas, o departamento de pesquisa da Empiricus foi em busca das verdadeiras oportunidades de compra no mercado de cripto: as Microcoins, moedas embrionárias, que ainda nem foram listadas em grandes corretoras, mas que você pode se posicionar antes disso acontecer. São cases com potencial de até 5.000% para os próximos 12 meses. A primeira delas vai ser revelada em uma reunião exclusiva que vai ao ar nesta segunda-feira, 24/01, às 19h. Não perca! Clique aqui para se inscrever gratuitamente.