Rodolfo Amstalden: Na moda da Bolsa
Os últimos dias foram agitados no varejo de moda brasileiro.
Primeiro, a Hering (HGTX3) recebeu uma proposta de compra da Arezzo (ARZZ3) – uma oferta de R$ 3,3 bilhões, que foi recusada.
Quando o mercado ainda esperava uma nova tentativa, o Grupo Soma (SOMA3), dono das marcas Farm e Animale, deu uma bela atravessada. Fechou rapidamente a compra da Hering por R$ 5,1 bilhões.
Nesse negócio, não podemos nos esquecer da “perdedora”. A Arezzo possui recursos em mãos e – agora mais do nunca – deve estar procurando uma nova oportunidade de compra.
A Lojas Renner (LREN3) também não ficou parada. A companhia realizou uma oferta restrita de ações (follow-on) na última sexta-feira, levantando R$ 3,9 bilhões. O objetivo é investir no fortalecimento dos seus canais digitais e na expansão orgânica e/ou inorgânica.
Lê-se aqui que há alguma aquisição em vista. Desde que a empresa anunciou que faria esse lançamento de ações, estão acaloradas as discussões sobre quais seriam os potenciais alvos: Marisa (AMAR3), Riachuelo (GUAR3; GUAR4), C&A (CEAB3) e Dafiti. Todo mundo quer saber.
De acordo com informações do Estadão, a Renner estaria mirando mesmo a plataforma de e-commerce Dafiti, que é avaliada em cerca de R$ 10 bilhões. Não há nada fechado, então, vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.
Mas, afinal, qual a melhor pedida no mundo da moda?
Diante dessas recentes movimentações, aqui na Empiricus, consideramos que Renner é uma escolha interessante.
Isso porque a companhia se preparou durante a fase mais crítica da pandemia para ter uma retomada vigorosa:
- cuidou da saúde financeira, com controle rigoroso das despesas operacionais;
- aprimorou seu e-commerce – está surfando no crescimento estrutural desse segmento no país;
- fortaleceu a estrutura omnichannel, que integra e melhora a experiência dos consumidores nas lojas físicas e canais digitais.
Vale ressaltar que, ainda no último trimestre de 2020, as vendas online da Renner deram um salto de +123%, na comparação ano a ano.
Ao longo do tempo, a empresa tem demonstrado consistência nas suas estratégias e resiliência no enfrentamento das adversidades conjunturais, conforme você pode ver nos gráficos:
Apesar de uma queda na receita em 2020 devido às restrições de circulação de pessoas na pandemia, a Lojas Renner apresentou um sensível aumento no seu lucro e um avanço considerável na sua margem.
De 2016 a 2020, a taxa anual de crescimento do lucro líquido é de 15,1%. Veja abaixo:
Essa captação de recursos na Bolsa e a recuperação gradual da economia – com a reabertura dos shopping centers, onde estão 91% das suas lojas – poderão turbinar ainda mais os resultados da companhia que tem bons pilares.
É por isso que o Max Bohm, sócio da Empiricus que está à frente da carteira As Melhores Ações da Bolsa, enxerga um valor justo de R$ 52 para LREN3. Isso significa um potencial de valorização de +30% em relação à cotação atual.
Essa é apenas uma das sugestões da carteira do Max. Há outras oportunidades igualmente relevantes que você precisa conhecer.
Neste link, você pode saber mais sobre três ações consideradas As Melhores Ações da Bolsa.