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Rodolfo Amstalden: Como está sua confiança?

08 maio 2022, 12:00 - atualizado em 06 maio 2022, 19:35
“Pensando nos três primeiros meses deste ano, os investidores disseram estar confiantes com todos os tipos de aplicações”, coloca  (Imagem: Divulgação/ Empiricus)

Com intenção de suprir o déficit de estudos sobre o setor de investimentos, principalmente sobre o que pensam e quais as estratégias adotadas pelos investidores, desenvolvemos o Índice de Confiança do Investidor Brasileiro (ICIB), que agora está entrando em sua segunda edição

Estamos construindo uma série histórica.

Seguindo uma metodologia própria, o Índice avalia a percepção dos brasileiros em relação às suas carteiras de investimentos e à economia no presente, bem como as expectativas para os próximos três meses. Uma escala que vai do extremo pessimismo ao otimismo. 

O ICIB capta ainda a perspectiva dos investidores sobre cada uma das classes de ativos que possuem – ações, fundos imobiliários, criptomoedas, renda fixa, investimentos no exterior e imóveis físicos

E qual foi o resultado da primeira edição?

Para matar a curiosidade de quem não viu o resultado, separei aqui os principais pontos levantados na nossa primeira pesquisa, que foi realizada ao longo de dezembro do ano passado. Portanto, uma visão dos investidores sobre o final de 2021 e o que esperavam para os primeiros meses deste ano. 

Responderam ao questionário investidores com diversas faixas de patrimônio, sendo a maior parte entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão em aplicações financeiras. No nosso estudo, uma nota acima de 100 é considerada otimista e abaixo pessimista. 

Assim, o Índice mostrou que, em dezembro, de modo geral, os brasileiros estavam mais pessimistas (64,8) com suas carteiras e com a economia. 

Sobre as categorias de ativos, no final do ano passado, tinham menor confiança em relação às ações (28) e aos fundos imobiliários (43,7). Por outro lado, depositavam maior confiança em investimentos no exterior (142,9) e renda fixa (137,9). 

Vou retomar um pouco o contexto, o ano de 2021 começou com uma percepção positiva dos investidores e a Bolsa subindo.

Porém, houve uma reversão diante da escalada da inflação e do avanço de novas variantes do coronavírus. Desse modo, o Ibovespa encerrou o ano com uma queda de 11,93%. O fato é que tivemos uma deterioração do cenário macro. Ao longo de 2021, a taxa Selic passou do patamar de 2% ao ano para quase dois dígitos em dezembro. 

Em relação às perspectivas para o primeiro trimestre de 2022, 49% dos respondentes afirmaram que pretendiam manter o nível de risco de seus portfólios no início de 2022; 26% disseram que iriam aumentar um pouco e 17% manifestaram a intenção de diminuir um pouco a exposição aos ativos mais arriscados. 

Pensando nos três primeiros meses deste ano, os investidores disseram estar confiantes com todos os tipos de aplicações (acima de 100 pontos), com destaque para criptomoedas (167,6) e renda fixa (165,4). 

Eles tinham alguns sinais do que estaria por vir, mas impossível saber exatamente como iria se materializar o futuro. 

E o que aconteceu? Com o estopim da guerra entre Rússia e Ucrânia, se intensificaram as preocupações com a escalada de preços, sobretudo, das commodities energéticas e agrícolas. Para conter a inflação, o Banco Central prosseguiu o ciclo de aperto monetário. Ainda assim, a Bolsa brasileira chegou a subir significativamente em função do fluxo de investimentos estrangeiros – movimento que perdeu força em abril. 

Interessante, não é mesmo?

Então, foi dada a largada da segunda sondagem do Índice de Confiança do Investidor Brasileiro. Será muito interessante descobrirmos as expectativas em relação aos portfólios e à economia brasileira com a proximidade das eleições. 

Gostaríamos de contar com a sua participação. Fica aqui o meu convite – leva apenas alguns poucos minutos. 

[PESQUISA DO ÍNDICE DE CONFIANÇA DO INVESTIDOR BRASILEIRO – 2ª EDIÇÃO]