Rodolfo Amstalden: Como acertar em cheio no mundo dos investimentos?
Que título babaca.
Você realmente acreditou que eu escreveria uma newsletter com um título tão babaca?
Não.
Tenho certeza que não.
Afinal, você é nosso leitor. Você já sabe o que esperar ao clicar neste e-mail.
Se pudéssemos escolher uma única frase para descrever o que acontece por aqui, acho que seria algo como:
“Na Empiricus, não tem mundo ideal”.
Cultivamos uma abordagem do tipo vida real em relação a um mundo que — a despeito de todos os esforços em contrário (tokens não fungíveis?) — tenta se manter razoavelmente dentro de parâmetros de realidade.
Ao recomendar a compra de uma ação, não estamos em busca de uma empresa perfeita.
Se a própria Empiricus é marcada por uma centena de erros infantis e pré-adolescentes ao longo de seus 12 anos de história, seria hipócrita cobrar perfeição das empresas listadas que analisamos.
Nosso research está em busca de empresas que tenham sangue vermelho pulsando em suas veias, tocadas por executivos cujas cabeças estejam conectadas ao corpo através de um pescoço.
Geralmente, essas duas condições fisiológicas nos bastam.
Se sangue quente e carne de pescoço lhe parecem indigestos, proponho a seguir outra analogia, mais lúdica.
No mundo corporativo e dos investimentos, aprendi a separar as pessoas em dois tipos: aquelas que jogam arco & flecha e aquelas que jogam dardos.
Os praticantes do arco & flecha estão sempre querendo acertar em cheio o núcleo dos círculos concêntricos, de modo a maximizar sua pontuação no jogo.
Para eles, a verdade aristotélica está bem no meio, e não se fala mais nisso.
Já os praticantes de dardos precisam testar diferentes formas de lançamento, ponderando as chances colocadas depois de N rodadas, bem como suas próprias fraquezas e qualidades.
No alvo para dardos, existem boas verdades no meio e nos extremos. Pontuações máximas se avizinham de pontuações mínimas. E o oposto geométrico de um péssimo resultado pode ser outro péssimo resultado.
“Na Empiricus, não tem mundo ideal. Somos jogadores de dardos.”
Um “r” a menos aí, e seríamos apenas jogadores de dados.