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Robôs pressionam salários de trabalhadores nos EUA, diz Fed

01 out 2019, 15:14 - atualizado em 01 out 2019, 15:14
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Apesar da menor taxa de desemprego em cerca de 50 anos, a chamada participação da mão de obra caiu para cerca de 56% do total em relação aos 63% em 2000 (Imagem: Stefan Wermuth/Bloomberg)

A automação tem contribuído “substancialmente” para reduzir a participação da renda nacional destinada aos trabalhadores dos Estados Unidos nas últimas duas décadas, segundo um novo estudo de economistas do Federal Reserve de São Francisco.

Apesar da menor taxa de desemprego em cerca de 50 anos, a chamada participação da mão de obra caiu para cerca de 56% do total em relação aos 63% em 2000, e o aumento do uso de robôs e outras tecnologias tem sido um importante fator para essa mudança, escreveram os economistas Sylvain Leduc e Zheng Liu em relatório publicado na segunda-feira.

“As empresas agora têm mais opções para automatizar posições difíceis de preencher do que no passado”, escreveram Leduc e Liu. “Com os rápidos avanços na robótica e inteligência artificial, os robôs podem realizar mais trabalhos e tarefas que exigiam habilidades humanas há apenas alguns anos.”

Como resultado, os empregados se tornam mais relutantes em pedir um aumento salarial significativo por medo de que seu empregador recorra à automação para substituí-los, disseram os economistas. Isso potencialmente explica por que a alta dos salários tem sido relativamente fraca, apesar do mercado de trabalho aquecido.

O modelo dos economistas sugere que, sem a automação, a participação da mão de obra teria ficado em torno de 59,5% no fim de 2018.