Campos Neto vai ao Senado explicar altos juros; veja o que movimenta a semana
O presidente do Banco Central do Brasil (BCB), Roberto Campos Neto, será uma figura central na agenda da próxima semana. Isso porque o chefe da autoridade monetária tem dois encontros marcados para acontecer no Senado Federal.
Na terça-feira (25), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado marcou uma sessão com Campos Neto. Nela, ele deve explicar os motivos do atual patamar da taxa básica de juros (Selic), inalterado em 13,75% ao ano desde agosto passado.
Além do convite para a sessão da CAE, Campos Neto também deve participar de um debate na quinta-feira (27) no plenário da Casa. Os encontros acontecem na semana que antecede a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC.
Questionado sobre a participação nos eventos, Campos Neto afirmou que “está à disposição quando for necessário”. Além disso, ele ressaltou a importância de o país discutir o porquê atualmente tem a maior taxa de juros real do mundo.
Também foram convidados para o debate os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento). Procurados pelo Money Times, os respectivos ministérios não confirmaram a participação de Haddad nem de Tebet no evento até a publicação desta reportagem.
Supremo julga remuneração do FGTS
Já na quinta-feira (27), volta ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento sobre a taxa de correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A ação tem grande impacto para os trabalhadores com carteira assinada (CLT).
O julgamento foi suspenso na semana passada após ministro Luís Roberto Barroso, que é o relator da matéria, votar pela alteração no modo como a remuneração do FGTS é calculada.
Para o ministro, que é relator da ação, o rendimento do FGTS não pode ser inferior ao da caderneta de poupança.