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Roberto Campos Neto fala sobre Real Digital em março, Metaverso brasileiro e até NFTs; confira

01 mar 2023, 10:35 - atualizado em 01 mar 2023, 10:35
Real Digital Roberto Campos Neto
Ele afirma que o modelo do real digital tem o objetivo de “fomentar novos negócios” no segmento de serviços financeiros (Imagem: You Tube/Banco Central do Brasil)

Roberto Campos Neto disse que o projeto-piloto do Real Digital deverá ficar pronto ainda em março. Em apresentação no evento IDP Summit, o presidente do Banco Central discorreu sobre monetizar metaverso, artes digitais, tokenização e uma nova economia.

O evento IDP Summit – A transformação digital e a democratização do mercado financeiro, promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), em Brasília.

Em apresentação de PowerPoint, disponibilizado no site do Banco Central do Brasil, são mostrados pontos-chave abordados por Campos Neto. Entre eles, que cada vez mais, as pessoas estão buscando uma representação digital de algo que tenha valor.

Com isso, é possível imaginar que está havendo uma migração da economia para a tokenização, desde ativos para a negociação até arte, fotos e ideias. A apresentação afirma que, até mesmo a realidade virtual será monetizado.

Em paralelo com o setor privado de criptoativos, a tokenização de ideias, artes e foto já acontece por meio de NFTs. Assim como a monetização da realidade virtual, com o metaverso.

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Novidades no Real Digital; projeto-piloto deverá ficar pronto neste mês

No que tange a CBDC do Brasil, e o Real Digital, Campos Neto diz que um projeto-piloto deve ficar pronto ainda neste mês, e que pretende lançar algo funcional até 2024.

É importante ressaltar que, segundo Campos Neto, o Real Digital será lastreado na CBDC – que serão depósitos de Bancos tokenizados voltados para o atacado. O Real Digital poderá ser convertido em CBDC sob demanda.

Ele afirma que o modelo do real digital tem o objetivo de “fomentar novos negócios” no segmento de serviços financeiros, diferentemente do que é visto por outros países em seus estudos de tokenização das moedas soberanas, segundo o Valor Econômico.

A moeda digital será uma extensão do Real físico emitido pelo Banco Central. A custódia e distribuição serão pelo sistema de pagamentos. A utilização será para pagamentos de varejo online e, eventualmente, offline. 

Futuramente, os planos consistem no desenvolvimento de “modelo de negócios inovadores”, como construção de contratos inteligentes para transformar a moeda em um dinheiro programável.

Além disso, entre as diretrizes discutidas, estão a interoperabilidade com outros países e suas respectivas moedas digitais, privacidade e segurança do usuário e prevenção e combate à lavagem de dinheiro.

Os desafios da moeda digital incluem a escalabilidade e taxas de liquidação, e o fato de que “plataformas blockchain são limitantes”. É discutida também a  Interoperabilidade limitada entre blockchains descentralizadas e serviços financeiros tradicionais.

Além desses, outros desafios estão a falta de maturidade, riscos operacionais, más escolhas de implementação, falha na execução de software e interdependências.