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Rival da Netflix, Apple TV+ deve chegar em novembro aos EUA

20 ago 2019, 12:08 - atualizado em 20 ago 2019, 12:08
Apple
Plano da gigante de tecnologia é faturar US$ 50 bilhões com serviços até 2020 (Imagem: Qilai Shen/Bloomberg)

A Apple (AAPL34) pretende lançar o serviço de filmes e televisão por assinatura Apple TV+ até novembro nos EUA. A iniciativa é parte do plano para faturar US$ 50 bilhões com serviços até 2020.

A empresa vai apresentar uma pequena seleção de programas e expandir o catálogo com maior frequência ao longo de vários meses, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. Provavelmente oferecerá um período de experiência gratuito enquanto constrói o catálogo, disseram as fontes, que pediram anonimato porque os planos não são públicos.

A fabricante do iPhone entra em um segmento já concorrido, liderado pela pioneira Netflix (NFLX34) e pela Amazon.com. (AMZO34) Nos próximos meses, Walt Disney (DISB34), AT&T e NBCUniversal (da Comcast) também começarão a oferecer produtos que miram no número crescente de consumidores que cancelaram assinaturas de TV a cabo ou preferem assistir vídeo em dispositivos móveis.

Para enfrentar a Netflix em assinaturas de conteúdo em vídeo, a Apple considera diferentes estratégias de lançamento para seus programas. Uma é oferecer os três primeiros episódios de algumas séries e depois liberar mais semanalmente, de acordo com as fontes.

A Netflix costuma lançar temporadas inteiras para quem gosta de maratonar, enquanto a HBO (da AT&T) e a Hulu (da Disney) muitas vezes liberam um episódio por semana.

Apple TV+ será um dos cinco serviços de assinatura digital na carteira da companhia, ao lado de Apple Music, Apple Arcade (para videogames), Apple News+ e iCloud (para armazenamento de dados).

A empresa também gera receita recorrente a partir de produtos como o serviço de manutenção AppleCare e o programa de troca do iPhone. Logo, também começará a extrair receita do Apple Card.

Um porta-voz preferiu não comentar.

A Apple não anunciou o valor da assinatura do Apple TV+, mas estuda uma mensalidade de US$ 9,99 nos EUA, de acordo com essas pessoas. Seria o mesmo valor cobrado por Apple Music e Apple News+. Netflix e Amazon Prime cobram US$ 8,99 e Disney+ pretende cobrar US$ 6,99 quando estrear em novembro.

Campanha para aumentar a receita

A Apple vem ampliando sua presença em serviços para gerar receita adicional a partir da grande base de usuários de iPhone, iPad, Mac e Apple Watch. Os consumidores andam demorando mais para substituir hardware diante de preços mais altos, saturação do mercado, problemas econômicos e falta de novos recursos realmente atraentes e inovadores.

A empresa pode evitar a desaceleração da receita convencendo usuários a assinar seus novos serviços. A empresa sediada em Cupertino, Califórnia, também pode elevar a receita ao vincular serviços ao programa de troca do iPhone, sob o qual os clientes recebem um novo modelo todo ano mediante pagamentos mensais.

A primeira safra de programas da Apple terá “The Morning Show”, “Amazing Stories” (do diretor Steven Spielberg), “See” (com Jason Momoa, o Aquaman), “Truth Be Told” (com Octavia Spencer, vencedora do Oscar de atriz coadjuvante por “Histórias Cruzadas”) e um documentário sobre casas extravagantes chamado “Home”.

Nesta segunda-feira, foi lançado o segundo trailer de “The Morning Show”, estrelando Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Steve Carell.

O serviço fará parte do aplicativo de TV, que já vem nos dispositivos da empresa, e será acessível em aparelhos de terceiros, como Roku, Amazon Fire TV e televisores Samsung.

No terceiro trimestre fiscal, os serviços representaram uma fatia recorde de 21% do faturamento da Apple. A parcela do iPhone continua encolhendo e está em menos de 50%.

Para analistas, o número de assinantes do Apple TV+ pode passar de 100 milhões em cinco anos, desafiando Netflix e Amazon.

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