Economia

Risco-país aumenta no Brasil; investidores estrangeiros já retiraram R$ 42,4 bi no ano

24 jun 2024, 15:20 - atualizado em 24 jun 2024, 15:24
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O risco-país é calculado pelo Credit Default Swap (CDS) de 5 anos e avalia as chances de calote. (Imagem: Unsplash/Firmbee.com)

O risco-país do Brasil, que é usado para medir os riscos de investimentos em uma determinada economia, aumentou nos primeiros seis meses do ano, segundo um levantamento da Guide Investimentos.

Os dados mostram que, entre 1º de janeiro e 13 de junho, o indicador subiu 24,68 pontos, totalizando 157,52 pontos.

Vale lembrar que, desde o começo de 2024, as expectativas do mercado para inflação e taxa de juros pioraram. O Relatório Focus desda semana, por exemplo, aponta para alta de 3,96% para 3,98% na projeção do Índice de Preços ao Consumidos Amplo (IPCA) de 2024, além de uma taxa terminal da Selic em 10,50%.

Com isso, o Brasil registra a segunda maior alta entre os 22 países analisados, ficando abaixo da Colômbia, que viu o seu índice subir 34,50 pontos, totalizando 192,33. Já a África do Sul completa o pódio quando o assunto é variação: a diferença é de 20,15 pontos, com o risco-país passando de 202,16 para 222,31 pontos.

No ano passado, o risco-país do Brasil caiu 121,84 pontos, passando de 254,27 pontos em 02 de janeiro para 132,43 pontos em 29 de dezembro.

O risco-país é calculado pelo Credit Default Swap (CDS) de 5 anos e avalia o risco de calote na contratação de um empréstimo. Neste sentido, a nação com o maior risco é a Argentina, que registra 1.289,55 pontos.

Veja o ranking de risco-país

País Pontuação risco-país
Argentina 1.289,56
Grécia 287,22
Turquia 269,29
África do Sul 222,31
Colômbia 192,33
Brasil 157,52
México 108,50
Venezuela 102,34
Peru 74,06
Indonésia 71,93
Itália 71,50
China 64,46
Áustria 61,95
Espanha 61,95
Chile 50,88
Tailândia 42,38
Portugal 37,50
França 32
Reino Unido 24,50
Japão 21,89
Irlanda 19,50
Alemanha 9

*A pontuação é referente ao dia 13 de junho de 2014

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Investidores estrangeiros já tiraram mais de R$ 42 bilhões em 2024

Em paralelo aos dados de risco-país, o mercado financeiro também está preocupado com a debandada dos investidores estrangeiros da bolsa brasileira.

Na semana passada, até quinta-feira (20), o saldo está positivo em R$ 549,10 milhões, com os estrangeiros ingressam com R$ 617,79 milhões na B3 no dia seguinte à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na ocasião, o Banco Central manteve a Selic no patamar de 10,50% ao ano.

No entanto, no acumulado de junho, até dia 20, a retirada do investimento gringo soma R$ 6,546 bilhões. Já no ano, a perda chega a R$ 42,438 bilhões.

Confira as movimentações de capital estrangeiro na B3 em junho

Data Capital estrangeiro (R$)
20/06 617,79 mi
19/06 230,43 mi
18/06 -570,31 mi
17/06 271,19 mi
14/06 214,45 mi
13/06 -84,87 mi
12/06 -3.084,88 mi
11/06 -957,29 mi
10/06 -258,48 mi
07/06 -1.355,61 mi
06/06 -102,62 mi
05/06 -609,18 mi
04/06 -871,05 mi
03/06 13,97 mi