Risco fiscal e fim do teto de gastos pós-eleições colocam mercado em alerta
Não importa quem ganhe, Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) enfrentarão alguns desafios econômicos, como a inflação persistente, juros altos, desaceleração do crescimento e o mais importante, conseguir manter a disciplina fiscal.
De acordo com a agência de classificação de risco Moody’s Investors Service, não são esperadas grandes rupturas após as eleições, mas a incerteza contínua sobre as políticas públicas pode prejudicar as perspectivas econômicas e financeiras do país.
“Independentemente do resultado da eleição, a política monetária contracionista, combinada com um crescimento moderado no próximo ano, pode enfraquecer a capacidade de pagamento e agravar a dinâmica da dívida do Brasil”, diz o relatório.
Para a agência, a manutenção da credibilidade da política fiscal em um momento de maiores custos de empréstimos será fundamental para gerenciar esses riscos, sendo que o compromisso do próximo governo com o teto de gastos e uma política fiscal prudente será um fator-chave que influenciará a força fiscal.
“O teto de gastos provavelmente continuará sendo um elemento-chave do quadro de política fiscal, mas isenções frequentes do teto em 2022 para expandir o apoio social em meio ao aumento de preços de alimentos e combustíveis aumenta o espectro de ajustes futuros, minando a credibilidade da âncora fiscal”, diz o documento.
Para restaurar o potencial de crescimento do Brasil, no médio prazo, o próximo governo precisa promover reformas estruturais que encorajem investimentos mais fortes do setor privado.
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