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Risco do STF votar contra competência da CTNBio sobre transgênicos foi adiado

11 fev 2021, 12:35 - atualizado em 11 fev 2021, 12:43
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Mais de 75% da área de grãos do País são de produtos geneticamente modificados (Imagem: Unsplash/@joshwithers)

O risco de a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) ser excluída da decisão final sobre a liberação de organismos transgênicos foi afastada por hora.

O julgamento de ação direta de inconstitucionalidade, contra essa competência, foi adiado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O processo ADI 3526, de 2005, requerido pelo procurador-geral da República à época, Geraldo Fonteles, deveria ser julgado na quarta (10), mas a pauta sobre o direito ao esquecimento tomou a agenda do dia dos ministros. A assessoria do plenário informou que o tema não tem data ainda remarcada para voltar ao plenário.

No parecer sobre o fim da autonomia exclusiva da CTNBio, a Procuradoria Geral da República cita que as decisões sobre produção de medicamentos e agropecuária com organismos geneticamente modificados “afrontam à competência comum da União, dos Estados e Municípios em proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas”.

Em resumo, o pedido de inconstitucionalidade quer que a decisão seja deslocada para os entes federativos, tirando o suporte técnico e a experiência reconhecida da CTNBio delegada pelo Congresso, que havia aprovado no mesmo ano a Lei de Biossegurança.

Somente no campo do agronegócio, vale destacar, segundo a Conab, que foram cultivados 52 milhões de hectares com transgênicos em 2020. Quase 80% da área plantada com grãos.