Internacional

Risco de recessão alemã aumenta com tombo em encomendas à indústria

05 set 2019, 8:53 - atualizado em 05 set 2019, 8:55
Indústria
Maior economia da Europa sob risco de recessão no terceiro trimestre; queda industrial maior do que a esperada em julho (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

A demanda mais fraca do exterior provocou uma queda maior do que a esperada nas encomendas industriais alemãs em julho, sugerindo que o setor manufatureiro poderia levar a maior economia da Europa a uma recessão no terceiro trimestre.

A economia alemã –dependente de exportação– está sofrendo com o crescimento global mais lento e com a incerteza empresarial causada pelas políticas comerciais “América Primeiro” do presidente Donald Trump e pela saída planejada, mas atrasada, do Reino Unido da União Europeia (UE).

Os contratos de bens produzidos na Alemanha caíram em julho 2,7% em relação ao mês anterior, mostraram dados divulgados nesta quinta-feira, puxados por uma grande queda nas encomendas de países que não pertencem à zona do euro, informou o Ministério da Economia. O número veio pior que a previsão de analistas consultados pela Reuters (-1,5%).

“A miséria na fabricação continua. O declínio de novos pedidos aumenta significativamente o risco de uma recessão para a economia alemã”, disse o analista do VP Bank Thomas Gitzel.

O PIB da Alemanha contraiu 0,1% no segundo trimestre em relação aos três meses anteriores, devido a exportações mais fracas, com a queda nas vendas externas causada principalmente pelo Reino unido e pela demanda abaixo da média da China.

O Ministério da Economia disse que as novas encomendas de manufatura tiveram um início fraco no terceiro trimestre e que as perspectivas para o setor também estão sombrias.

As encomendas de países fora da zona do euro caíram quase 7% no mês, enquanto a demanda de outros países da zona do euro e as encomendas domésticas aumentaram ligeiramente, mostraram os dados.

O governo espera que o crescimento econômico da Alemanha desacelere para 0,5% este ano, ante 1,5% no ano anterior. Essa seria a expansão mais fraca desde 2013, quando a zona do euro sofria em meio a uma crise da dívida soberana.

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