Risco da Covid entre minorias não seria por genética, diz estudo
O maior risco que a Covid-19 representa para as minorias está em grande parte relacionado a fatores como composição e ocupação familiar, e não à genética, de acordo com relatório do governo do Reino Unido.
Embora a maioria das disparidades em número de casos e mortalidade possam ser atribuídas a esses pontos socioeconômicos e geográficos, o risco para homens negros não pode ser totalmente explicado, de acordo com o relatório trimestral sobre a abordagem das desigualdades em saúde na pandemia de Covid-19.
Os resultados seguem uma análise feita em junho pela Public Health England, segundo a qual pessoas de minorias étnicas enfrentam maior risco de morrer se desenvolverem um caso grave de Covid-19.
Da mesma forma, nos Estados Unidos, hospitalizações relacionadas ao coronavírus para populações negras, hispânicas e indígenas são cerca de cinco vezes maiores do que para pacientes brancos, de acordo com dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças.
“O governo deve agir para lidar com as estruturas subjacentes por trás das disparidades étnicas”, disse Parth Patel, pesquisador do think tank IPPR, em comunicado.
“Isso significa proteger comunidades étnicas de minorias para que tenham menos probabilidade de pegar a Covid-19 e aumentar o acesso ao tratamento” caso contraiam a doença.
Kemi Badenoch, ministra da Igualdade do Reino Unido, deve anunciar novas medidas para proteger pessoas em risco, incluindo 25 milhões de libras (US$ 33 milhões) para impulsionar estratégias de comunicação nos locais de maior risco e para trabalhar com líderes comunitários.