Risco climático adiciona prêmio aos mercados de milho, soja e trigo em Chicago
Os contratos futuros de milho, soja e trigo negociados em Chicago avançaram nesta sexta-feira, à medida que condições quentes e secas em partes do Meio-Oeste dos Estados Unidos ameaçam o potencial de produtividade em um momento de aperto nas ofertas globais.
O contrato mais ativo do milho fechou em alta de 20,75 centavos de dólar, a 6,8275 dólares por bushel, acumulando ganho de 4% na semana.
O milho da nova safra, para dezembro, avançou 25 centavos, a 5,9150 dólares o bushel.
A soja subiu 34,50 centavos, a 15,8375 dólares/bushel. Na semana, teve alta de 3,48%. O contrato novembro da oleaginosa, para a nova safra, teve valorização de 32 centavos, terminando o dia cotado a 14,3550 dólares/bushel.
Já o trigo apurou ganho de 11,50 centavos, a 6,8775 dólares por bushel, avançando 3,65% na semana.
O aperto nas ofertas globais, relacionado às fortes importações chinesas e à deterioração nas perspectivas para a safra de milho do Brasil, tornou os mercados de grãos mais sensíveis à volatilidade das previsões do tempo nos EUA.
“Será necessário algo como uma produtividade recorde tanto para a soja quanto para o milho. As atuais previsões claramente não ajudam”, disse Terry Roggensack, especialista em pesquisas agrícolas da Hightower Report.
A consultoria privada IHS Markit reduziu sua estimativa para a safra total de milho do Brasil em 2020/21 para 88 milhões de toneladas, corte de 5 milhões de toneladas frente à projeção anterior, segundo nota a clientes vista pela Reuters.