Economia

Risco Bolsonaro está cobrando o seu preço na economia, diz MCM

07 maio 2020, 20:16 - atualizado em 26 jun 2020, 0:02
jair Bolsonaro
A forma de Bolsonaro governar tem feito crescer as chances de materialização de cenários marcados por enfraquecimento político e populismo econômico, diz a MCM (Imagem: Agência Brasil/Marcello Casal Jr)

O risco político e fiscal intensificado pela atuação errática do presidente da República, Jair Bolsonaro, está cobrando o seu preço e é um dos motivos para a antecipação dos cortes esperados para a Selic ao longo de 2020, avalia a MCM Consultores em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (7) e obtido pelo Money Times.

O Banco Central cortou o juro a 3% na quarta-feira (6), uma queda de 75 pontos-base, e deve continuar até o patamar de 2,25%, calculam os economistas. A próxima reunião do Copom está agendada para 16 e 17 de junho.

“Muito embora, no momento, o problema maior a ser enfrentado seja o impacto do surto da covid-19 sobre a economia, é certo também que o progressivo aumento do risco político/fiscal, caso não seja revertido, continuará a cobrar o seu preço, quer seja na forma de contínua pressão sobre a parte mais longa da curva de juros, quer seja pela eventual antecipação do próximo ciclo de aperto monetário”, ressalta a MCM.

A consultoria chama a atenção para o fator de que a forma de Bolsonaro governar tem feito crescer as chances de materialização de cenários marcados por enfraquecimento político e populismo econômico.

“Um bom exemplo foi a forte desidratação, por parte do Congresso, do projeto elaborado pelo Ministério da Economia que estabelecia o congelamento dos salários dos funcionários públicos estaduais e municipais até o fim de 2021 em troca de ajuda financeira da União aos Estados e Municípios”, conclui o documento.

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