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Farsul: perdas da agropecuária do RS em áreas inundadas alcançam R$ 3 bilhões

28 maio 2024, 11:59 - atualizado em 28 maio 2024, 12:04
rio grande do sul agro
Segundo pesquisa realizada pelo Movimento SOS Rio Grande do Sul, a soma do endividamento dos produtores entrevistados é de R$ 467,68 milhões(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

As perdas em áreas inundadas no setor agropecuário no Rio Grande do Sul somam cerca de R$ 3 bilhões, afirmou o economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, em coletiva de imprensa realizada na tarde de segunda-feira (27). O montante não leva em consideração valores perdidos com máquinas e infraestrutura, acrescentou.

“O excesso de chuvas faz com que as perdas continuem acontecendo, não sabemos o valor final porque ainda estão ocorrendo perdas em termos de produto”, completou ainda.

Para o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, o governo precisa bloquear as dívidas justamente para que os produtores gaúchos possam se recuperar, levando em consideração quebras nos anos anteriores por questões climáticas.

“Nós vínhamos de duas renegociações das safras passada e retrasada, quando deixamos de colher 30 milhões de toneladas de grãos”, disse. “Precisamos de medidas excepcionais para uma condição excepcional, para que os produtores tenham a capacidade de pagamento diluída ao longo do tempo e possam acessar novos créditos”, afirmou Pereira.

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Segundo pesquisa realizada pelo Movimento SOS Rio Grande do Sul, a soma do endividamento de 347 produtores entrevistados é de R$ 467,68 milhões, com uma média de R$ 1,392 milhão por produtor – a maior parte dos agricultores entrevistados era de médio porte. Sobre as culturas afetadas, cerca de 550 agricultores responderam à pesquisa; juntos, somam 33.649 hectares.

A maior área atingida foi a da soja, 46% do levantamento (15,47 mil hectares), seguida pelo arroz, com 13% (4.495 hectares), trigo com 6% (2,1 mil hectares) e laranja 1% (40 hectares). Outros cultivos correspondem a 35% ou 11.584 hectares. Em relação à criação de animais, 94% do total de 23.615 eram bovinos (22.135), 5% ovinos (1.200) e 1% suínos (280).

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