Política

Rio e São Paulo adiam desfiles de escolas de samba para abril por avanço da Ômicron

21 jan 2022, 20:27 - atualizado em 21 jan 2022, 20:27
Carnaval
Segundo as prefeituras, a decisão foi apoiada pelas ligas das escolas de samba das cidades (Imagem: Divulgação/Governo de São Paulo)

As prefeituras do Rio de Janeiro e de São Paulo anunciaram nesta sexta-feira o adiamento dos desfiles das escolas de samba das duas cidades para o feriado de Tiradentes, em 21 de abril, por entenderem que não seria seguro realizar os eventos nos dias de Carnaval, em fevereiro, devido ao aumento de casos de Covid-19 provocado pela altamente transmissível variante Ômicron.

A decisão foi divulgada após reunião entre os prefeitos Eduardo Paes, do Rio, e Ricardo Nunes, de São Paulo, acompanhados de seus respectivos secretários de Saúde.

Segundo as prefeituras, a decisão foi apoiada pelas ligas das escolas de samba das cidades.

“Infelizmente a gente não tem condições sanitárias para fazer o Carnaval na data que estava prevista”, disse o secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, a jornalistas.

“A variante Ômicron muda todo o cenário epidemiológico… Abril é muito mais seguro. Acompanhando a curva de todos os outros países, é muito difícil que a variante Ômicron avance até lá”, acrescentou.

O Brasil vive atualmente o pico de casos de Covid-19, com média de quase 120 mil casos diários nos últimos sete dias, devido ao avanço da Ômicron.

Tanto Rio quanto São Paulo, assim como diversas outras cidades, já tinham cancelado o Carnaval de rua por receios com a disseminação do vírus, mas os desfiles de escolas de samba foram mantidos por serem considerados com mais chances de controle sanitário, como exigência de vacinação e uso de máscara.

Ainda assim, as autoridades de Rio e São Paulo preferiram adiar os eventos para garantir uma margem maior de segurança.

“O adiamento é por questão de segurança, um adiamento necessário”, disse Soranz. “Ninguém quer fazer Carnaval acima de vidas, a qualquer custo. É uma triste decisão recomendar o adiamento do Carnaval, mas as vidas estão em primeiro lugar.”